Micro-ondas do Nem vira fumaça

Divulgação
Polícia descobre local de execuções na Rocinha
Policiais civis estouraram ontem uma clínica de aborto que funcionava na Favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Os agentes também fecharam fábrica de CDs piratas e recuperaram 22 motos roubadas. Onze pessoas foram detidas para esclarecimentos e liberadas em seguida. Na Rua 2, os agentes encontraram pneus que seriam usados como ‘micro-ondas' - para execuções de rivais da quadrilha de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da facção Amigos dos Amigos (ADA) -, além de dezenas de rojões utilizados para atacar a polícia. Ainda foram apreendidos cerca de 2 mil brinquedos e mais de 200 pares de tênis e roupas falsificados.
A operação teve início por volta das 10h e visava a combater crimes cometidos no entorno da Rocinha. Sessenta e cinco agentes de seis delegacias especializadas e de duas distritais da Zona Sul participaram da ação, que contou com apoio do helicóptero Águia. O delegado Fernando Vila Pouca, da subchefia operacional da Polícia Civil, disse que o objetivo era reprimir uma série de delitos, mais difícil em ações isoladas em razão da possibilidade de confronto com traficantes.
"O trabalho aqui funciona como suporte às ações das especializadas. Desta forma, cada setor pode atingir seus objetivos específicos, como combater a distribuição de sinais clandestinos de TV a cabo e Internet, fiscalizar estabelecimentos comerciais, reprimir a pirataria, e assim por diante", explicou Vila Pouca.
Pneus contra helicópteros
Segundo policiais, os pneus encontrados na Rua 2 também eram usados para dificultar a aproximação dos helicópteros da polícia. Quando as aeronaves sobrevoavam a favela, bandidos incendiavam os pneus, formando uma cortina de fumaça que prejudicava a visão do piloto, que, assim, tinha que se aproximar mais - neste momento, os criminosos disparavam os rojões para tentar alvejar o aparelho.
Operações continuam
De acordo com Fernando Vila Pouca, a operação de ontem na Rocinha deverá ser repetida em outras comunidades, como parte da estratégia de combate ao tráfico de drogas e a outros crimes. "Ao mesmo tempo em que damos segurança às ações de investigação, também protegemos a população em caso de uma possível reação dos criminosos", avaliou o delegado.http://one.meiahora.com

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