Com aparência de quem acabara de sair da adolescência para a fase
adulta e ostentando tatuagens por todo o corpo, três supostos homicidas
foram apresentados, na manhã desta quarta-feira, 23, suspeitos de matar
cinco pessoas, em Águas Claras, entre fevereiro e novembro deste ano.
Segundo a polícia, Ibrahim da Silva Teixeira, 18, Filipe Souza da Silva,
18, e Alerson Miranda de Carvalho, o Alison, de 20 anos, versam que os
crimes foram motivados pela disputa por pontos de tráfico de drogas na
região.
De acordo com delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), da Área Central, Clelba Regina Teles, os jovens presos
entre segunda, 21, e terça-feira,22, desta semana pertencem a uma
quadrilha formada por sete integrantes. Dois dos quatro foragidos,
prossegue a delegada, já foram identificados pela polícia. Na
adolescência, segundo a delegada, os três acumularam na ficha criminal
passagens em delegacias por roubos de veículos e tráfico de drogas.
Conforme acrescentou a delegada, a polícia passou a investigá-los
desde fevereiro passado, mês em que ocorreu o primeiro homicídio da
série, tendo como vítima Albino Santos de Souza, de idade não informada.
“Por meio de denúncias e reconhecimento de testemunhas, conseguimos
mapear todos os membros do grupo”, informou a delegada, ao explicar como
a polícia obteve os mandados de prisão temporária contra os suspeitos,
que agiam no Loteamento Condor, naquela região.
As informações repassadas por testemunhas à polícia, sustentou a
delegada, dão conta de que boa parte das vítimas possuía algum tipo de
ligação com o comércio local de entorpecentes, à exceção de Robson dos
Santos, morto no último dia 13, por alegada suspeita de delação. Com a
prisão dos suspeitos, a polícia espera reduzir as mortes violentas em
Águas Claras. “Agora, que estão presos, é preciso que as pessoas se
encorajem a depor e nos ajude a capturar os outros”, conclamou.
De acordo com o coordenador da DHPP, delegado Arthur Gallas, a
unidade vai processar os três acusados por homicídio. Pelo crime de
tráfico de drogas, explica o coordenador, eles devem ser autuados pelo
Departamento de Narcóticos (Denarc). “Agora vão ficar à disposição da
Justiça”, completou Gallas, ao informar que os presos ficarão
custodiados na carceragem da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos
(DRFR), na Baixa do Fiscal. Os acusados silenciaram.
0 Comentários