Três ônibus incendiados, quatro apedrejados, duas pessoas
presas e duas pessoas feridas. Este é o saldo dos ataques que tomaram
conta das ruas do município de Porto Seguro (a 714km de Salvador), na
tarde desta quarta-feira, 30. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a onda de protestos e vandalismo teria sido iniciada por um grupo de traficantes.
O objetivo dos bandidos, de acordo com a polícia, era desviar a atenção da corporação nas buscas do foragido da Justiça que matou, na noite do último sábado, 28, o soldado Luís Cláudio Dias dos Santos, 48 anos.
O coordenador da 23ª Coorpin, Evy Partenostro, informou
que as ações foram comandadas pelo traficante André Márcio de Jesus,
apelidado de Buiú. O criminoso, foragido da polícia desde 2010, teria
incitado os ataques após a morte de seu comparsa, Edilson Pereira Viana,
33 anos, conhecido como Aleluia.
Edilson foi morto no último domingo, 30, após ter ajudado a dar fuga ao homem responsável pela morte do policial.
Por causa do caos, as unidades do Grupamento Aéreo da Polícia Militar
da Bahia (Graer), da tropa especializada da CIPE/Cacaueira, CIPE/Mata
Atlântica e da Companhia de Emprego Tático (CETO) do CRPR-Sul/Itabuna
foram deslocadas para o município, segundo informou o comandante Geral
da PM, coronel Alfredo Castro.
Além disso, o secretário de Segurança do Estado, Mauricio Barbosa,
chegou a Porto Seguro, no início desta noite, para acompanhar a
situação.
Pânico - De acordo com uma moradora de prenome
Caroline, as ruas do município ficaram desertas, e o clima entre as
pessoas era de guerra. Lojas, órgãos públicos e pequenos
estabelecimentos ficaram com as portas fechadas, conforme seu relato. As
aulas em instituições de ensino também foram suspensas.
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