Sindipetro acusa Petrobras de confinar funcionários

Sindipetro afirma que há confinamento na Refinaria Landulfo Alves
Sindipetro afirma que há confinamento na Refinaria Landulfo Alves
Após ter iniciado uma greve na quarta-feira, 16, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) fez uma denúncia, nesta quinta-feira, 17, contra a Refinaria Landulfo Alves e a Petrobras Transporte S.A (Transpetro). De acordo com a acusação, funcionários trabalhariam nas empresas além da carga horária, alguns há mais de 24h, e estariam sendo impedidos de deixar as companhias por meio de ameaças de punição.
A estatal teria adotado essa postura em função da greve deflagrada na quarta-feira para evitar que a produção fique parada, afirmou o sindicato. O coordenador do Sindipetro na Bahia, Paulo César, afirmou que formalizou a denúncia na Gerência Regional do Trabalho e  Emprego, em Camaçari. Com isso, o sindicato espera que uma auditoria seja feita nas companhias.
A reportagem entrou em contato com a Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Camaçari e a seção de protocolos confirmou que a denúncia tinha sido registrada na tarde desta quinta-feira. Contudo, como a auditora não estava presente, a avaliação do caso e possível auditoria devem ocorrer a partir desta sexta-feira, 18.
A assessoria de imprensa da Petrobras, responsável pelas companhias citadas,  informou, por meio de nota, que não há confinamento ou qualquer tipo de ameaça a empregados da Refinaria Landulfo Alves, nem em qualquer outra unidade da companhia. De acordo com a estatal, desde o início da greve, há  equipes de contingência, formadas por pessoal capacitado, de forma a garantir a operação e a segurança da Refinaria e demais unidades e o abastecimento do mercado. "Todos os membros do grupo de contingência estão trabalhando em regime de revezamento e com direito a descanso", afirma a nota.
A greve - O Sindipetro Bahia decidiu pela greve na quarta-feira após o fim de assembleias com funcionários da Petrobras ocorridas em todo estado. Os funcionários consideraram que após nove rodadas de negociação entre a empresa e o sindicato, as cláusulas sociais reivindicadas pelos trabalhadores não foram atendidas.
De acordo com o diretor executivo do Sindipetro, Deyvid Bacelar, a principal solicitação dos funcionários que não foi atendida pela contraproposta da empresa é um maior cuidado com a segurança e a saúde do trabalhador. Ele afirma que somente em 2011, até este mês, ocorreram 16 mortes em áreas da Petrobras.
Sobre a greve, a Petrobras, ainda de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, afirma que as mobilizações das entidades sindicais não afetam nem a produção nem as operações. A companhia informou, ainda, que está propondo um reajuste de 10,71%, entre outros itens econômicos, e diversos avanços em Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional (SMS), no plano de saúde dos empregados, entre outras cláusulas sociais. "A Petrobras aguarda manifestação favorável dos empregados em relação à proposta", diz nota oficial da empresa.

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