Bahia registra maior alta de mortes por arma de fogo

Armas pesadas e munições apreendidas pela polícia em Salvador e Itabuna este ano
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A Bahia teve, em 2010, o maior número de pessoas mortas por armas de fogo no Brasil, aparecendo na sétima posição do ranking nacional de homicídios por 100 mil habitantes – neste caso considerando-se todos os tipos de crimes contra a vida. Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que, no ano passado, o Estado registrou 4.168 mortes por arma de fogo,  22% a mais que as 3.417 ocorrências registradas em São Paulo, o segundo estado mais violento.
Já o estudo Mapa da Violência 2012, realizado pelo Instituto Sangari, com base também em dados do MS, mostra que, em onze anos, de 2000 a 2010, a Bahia saltou da 23ª para a 7ª posição no ranking nacional da violência, considerando-se a taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Nesse intervalo, o índice baiano saiu de 9,4, em 2000, para 37,7 assassinatos por 100 mil pessoas, em 2010. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de dez homicídios por 100 mil habitantes há um quadro de epidemia.
Há dois anos consecutivos, a Bahia lidera o ranking dos assassinatos por armas de fogo – responsáveis por 70,5% de todos os 49,9 mil  homicídios registrados no País, e por 78,8% dos 5.288 assassinatos no Estado, durante o ano passado.
Em 2009, a Bahia superou São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro, historicamente os três estados mais violentos do Brasil. Desde 2007, os dois estados do sudeste e o vizinho nordestino vêm reduzindo os índices de mortalidade, chegando a 22,9%  de queda no território paulista. Aqui, a redução veio três anos mais tarde: em 2010, houve 193 homicídios por armas de fogo a menos que em 2009.
Apesar do declínio, os dados, no geral, mostram que as mortes cresceram 332,4%, a maior alta entre as unidades federativas do País, partindo de 1.223, no início da década, para 5.288, no final dela. Quando se fala apenas em assassinatos por arma de fogo, o crescimento é de 444% – 766 (2000) para 4.168 (2010).
A pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba) Ceci Vilar Noronha critica o livre acesso às armas: “Há referências de que um bandido aluga armas para outro”. Para ela, há uma escalada na violência difícil de se resolver a curto prazo: “É preciso aplicar o Estatuto do Desarmamento e coibir a venda de bebida alcoólica. Em momentos de festa e consumo de drogas (o álcool é droga lícita, mas é droga), esse tipo de crime tende a ocorrer”.
Maior variação - O município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), segundo o Mapa da Violência 2012, teve a maior variação, de 146,4%, no número de homicídios por 100 mil habitantes, de 2008 a 2010, entre as cidades com mais de 10 mil habitantes.
O prefeito da cidade, Eduardo Alencar, contesta a pesquisa, pois, para o gestor

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