Nos bairros nobres, onde a onda de assalto é maior, segundo dados
da polícia, os gritos de “pega ladrão” já são até comuns. Mesmo diante
das dicas passadas pelos especialistas na área de segurança, as pessoas
continuam dando “mole” e os bandidos deitam e rolam com a brecha. A
estudante de enfermagem, Mariana Toledo, de 23 anos, foi atingida por um
murro nas costas dado por um ladrão, enquanto tentava tomar o celular
dela, na Avenida Manoel Dias da Silva, bairro da Pituba.
A vítima contou que caminhava pela avenida, distraída e falando no
celular. Ao chegar à porta do prédio onde mora, dois homens andavam a pé
e ao avistar o aparelho nas mãos de Mariana, um deles se aproximou e
puxou o aparelho a força. “Eu relutei a entregar, joguei o aparelho
dentro da garagem do edifício e o bandido me agrediu, tomou a chave da
minha mão, abriu o portão, entrou e pegou o celular. Agora não saio mais
com o aparelho nas mãos e ando atenta”, contou a estudante.
Pelo bairro da Pituba, segundo a polícia, mais de 20 assaltos
ocorrem por dia. Muitos deles são tomadas de bolsas, joias, celulares,
saidinha bancária e roubo de veículo. A maioria desses casos não chega
ao conhecimento da polícia, uma vez que muitas pessoas não registram
ocorrência quando tem os objetos pessoais roubados. E nesse ritmo, nem
mesmo o deficiente físico, Gilson Andrade Fontes, escapou das garras dos
ladrões. O rapaz é aluno do curso de bacharelado interdisciplinar
noturno da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e saía da faculdade
quando foi abordado por um marginal usando um blusão com capus.
“Do nada surgiu esse rapaz na minha frente gritando perdeu, perdeu e
foi tentando tomar a mochila que carregava o meu material. Mesmo tendo
dificuldade de andar e apoiado numa muleta, eu reagi. Não vi se o
bandido estava armado e quando ele tentava me derrubar, bati nele com a
muleta e comecei gritar pega-ladrão até que um morador saiu na janela e o
assaltante não conseguiu levar a mochila”, contou Gilson, salientando
que na Rua Professor Edgar Mata, em Ondina, ocorrem constantes assaltos e
por isso ele já estava atento antes do assaltante tentar roubá-lo.
Em entrevista anterior a esta Tribuna, o diretor do Departamento de
Crimes Contra o Patrimônio, Cleandro Pimenta, ressaltou a importância
das pessoas manterem a calma e não reagir no momento em que são atacados
por marginais. Ele também confirmou que é no momento de distração dos
indivíduos que os assaltantes aproveitam para praticar o roubo.
Dicas para se prevenir dos assaltos:
Não ande sozinho:
Sempre que possível, não se exponha gratuitamente à ação dos
delinquentes, passeando desacompanhado por locais ermos ou em horas
avançadas.
Em uma festa ou reunião, espere pela companhia de um amigo para
saírem juntos. Uma forma de prudência é antecipar-se ao perigo,
prevenindo-se;
Evite locais desertos
Quando estiver só, escolha seu trajeto, evitando passar por locais
desertos ou pouco iluminados. Mantenha-se alerta ao cruzar com suspeitos
e não pare para atender pedidos que despertarem desconfiança. Procure
caminhar no centro da calçada e contra o sentido do trânsito; é mais
fácil perceber a aproximação de algum veículo suspeito. Ao pressentir a
aproximação de estranhos em atitude suspeita, entre no primeiro local
habitado que encontrar e peça ajuda; Ao parar em pontos de ônibus,
procure os que se situam em locais de grande movimento,
preferencialmente aqueles localizados à porta dos estabelecimentos
comerciais; Não use locais isolados para encontros amorosos.
Cuidado com dinheiro e bolsas
Não carregue grandes importâncias em dinheiro ou outros valores.
Se o fizer por necessidade imperiosa, procure guardar o numerário
de modo seguro e discreto, evitando grandes aglomerações, onde agem os
assaltantes, assim como em lugares sem movimento, onde poderão roubá-lo.
As mulheres devem carregar suas bolsas firmemente seguras entre o braço
e o corpo, mantendo a mão sobre seu fecho. Separe previamente o
dinheiro necessário para pequenas despesas, como café, cigarro,
condução, etc. Siga diretamente para seu destino quando portar valores,
não parando em bares ou casas de diversão; Evite a ação dos marginais,
não ostentando correntinhas, relógios, medalhas, braceletes e outras
joias.
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