Comerciantes e banhistas reclamam de camarote em Ondina

Estrutura atrapalha pedestres e impede visão da praia
Estrutura atrapalha pedestres e impede visão da praia
Cercando a praça reinaugurada em agosto deste ano, os tapumes colocados para a montagem do Camarote Salvador, em Ondina, vêm gerando reclamações de comerciantes e banhistas. Dentro do equipamento público, os danos, como pisos quebrados e parte de um quiosque destruída, são revelados por uma fenda entre as barreiras de madeira.
Comerciantes e frequentadores afirmam que o local está inseguro desde o início do mês, quando a praça foi cercada, pois não há visibilidade da área. “Muita gente deixou de vir, com medo da violência. Não dá para ver o que acontece na praia”, disse um dos seis comerciantes que trabalham na praça e optou pelo anonimato.
“Impedir o acesso da população à praça e causar transtorno aos banhistas em prol de uma empresa privada é um absurdo. Depois da festa, a empresa não deixará nada para a cidade”, opinou o analista químico William de Sousa Barreto, 36 anos. O período de privação é o que mais incomoda a empresária Lúcia Mércia Silva, 40. “Serão, no mínimo, quatro meses de proibição. Quem tem dinheiro faz o que quer nesta cidade”, irritou-se.
Procurados no local, os responsáveis pela obra não atenderam a equipe de reportagem. A assessoria da Premium Produções, à frente do camarote, não funcionou nesta sexta. O titular da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), Cláudio Silva, não atendeu ao celular, assim como a assessoria. A TARDE também não obteve retorno da Secretaria Municipal da Comunicação (Secom).
Retirada - Em matéria publicada no A TARDE, no dia 30 de novembro, os comerciantes alegavam que a empresa estaria descumprindo prazo firmado para o início da montagem. Na oportunidade, o administrador da Premium Produções, Luís Mendes, disse que o termo de compromisso entre a empresa, comerciantes e a Sucom previa prazo de 90 dias antes do início do Carnaval para liberar o espaço.
Na época, a Sucom afirmou, por meio de nota, que os comerciantes não poderiam sair do local, esclarecendo que a notificação para desocupação era de até 60 dias antes do Carnaval e dependia da aprovação do projeto de instalação das estruturas do camarote.

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