Lyoto conta com maldição para bater Jones e retomar o cinturão no UFC 140

O cinturão dos meio-pesados é, sem dúvida, um dos mais quentes do UFC. Afinal não há quem consiga segurá-lo. Em quatro anos, seis lutadores puderam tê-lo em suas mãos, mas sem sucesso em construir uma “dinastia” dentro da categoria. Neste sábado, a maldição pode cair, na segunda defesa de título de Jon Jones. Por outro lado, há quem já sofreu com esta “praga” e agora possa se favorecer dela: o brasileiro Lyoto Machida, que desafia o campeão para retomar seu posto no topo da organização.

Toronto é a sede do UFC 140, neste sábado (o canal Combate transmite às 20h45). O duelo entre Jones e Machida é o principal, com o atrativo de confrontar dois lutadores com estilos  quase que “artísticos” de lutar - astros que levaram o nome do MMA, as artes marciais mistas, a outro patamar. A noitada tem outro grande apelo para os brasileiros, com a primeira vez em que os gêmeos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro lutaram num mesmo evento do Ultimate, em desafios duríssimos.

Apesar de ter tanto em jogo, Jones e Lyoto tiveram um período pacífico antes do combate. Mesmo com a confiança de ambas as partes, o respeito foi a tônica, uma mostra de que ambos os lutadores sabem o tamanho do desafio no octógono de Toronto. O clima só se tornou mais tenso na pesagem, em que o brasileiro fez cara de mau e não recuou diante de um rival que tentou evitar o conflito.

A postura deles também diz respeito à dificuldade que ambos sabem que existe em se manter no topo. "Esta é a melhor categoria no UFC. Nós misturamos velocidade, força e técnica, e acredito que é a classe de peso mais difícil no UFC”, afirma Machida.

Não é à toa que a rotatividade do cinturão seja tão alta. Na história do Ultimate, Frank Shamrock foi o primeiro campeão dos meio-pesados. Tito Ortiz o seguiu e foi o lutador com mais defesas de cinturão até hoje no peso, com cinco. Chuck Liddell também teve um bom reinado, com quatro vitórias com o título. Mas, desde que ele perdeu para Quinton Rampage Jackson, a “batata” esquentou.

Desde 2007, nenhum lutador conseguiu fazer mais de uma defesa do cinturão com sucesso. Rampage e os próprios Lyoto e Jones conseguiram vencer uma vez.

Forrest Griffin, Rashad Evans e Maurício Shogun sofreram mais com a implacável maldição e o perderam logo no combate seguinte à conquista.

“Minha meta é ser campeão até o fim da minha carreira. Mas só posso focar uma luta por vez e estou concentrado para enfrentar Lyoto. Manter este cinturão é tão difícil devido ao nível dos adversários da categoria”, analisa Jones, que tem mostrado dentro da jaula que pode quebrar a escrita.

Sensação do UFC, o norte-americano pode fechar um dos melhores anos de um lutador no UFC. Será sua quarta luta na temporada, sendo a terceira pelo título, uma ascensão rápida que já lhe rendeu o prêmio de melhor lutador no “Oscar do MMA”, oferecido pela revista “Fighters Only”. Mas, se depender de Lyoto, sua estatueta pode ser carimbada com uma derrota.

"Eu sempre o vi como um lutador muito versátil e com um monte de combinações. Ele tem bom alcance, um jogo versátil e luta bem em pé, no chão e nas quedas. Eu acredito que estou bem versado em todas as três áreas e será uma guerra de estratégias ", detalhou Lyoto, que admitiu ter saudades de ser o campeão. “Sinto falta de realizar meus sonhos. Acredito que essa vitória terá um gosto mais doce de realização.”http://www.tribunadabahia.com.br


 

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