A Prefeitura de Simões Filho contesta, através de nota divulgada na
noite desta quinta-feira (15), o resultado do Mapa da Violência 2012,
realizado pelo Instituto Sangari e divulgado na quarta-feira (14). De
acordo com o estudo, Simões Filho é a cidade mais violenta do Brasil,
com média de 146 homicídios por 100 mil habitantes entre os anos de
2008 e 2010. Mas, segundo a prefeitura, a base de cálculo é "distorcida"
porque promove a comparação a partir de uma única fonte, o Ministério
da Saúde. (baixe a íntegra do estudo em PDF, em arquivo de 7 MB). “Toma como base somente os registros de óbitos nos hospitais e ignora a origem correta dos homicídios”, avalia.
Segundo o comunicado, a cidade presta atendimento emergencial para pacientes de localidades do entorno, inclusive acidentes ocorridos na BA-093. “As áreas de onde vêm muitos dos casos que são atendidos em Simões Filho são sabidamente carentes, regiões que historicamente apresentam mais registros de crimes violentos”, apresenta como argumento. Ainda de acordo com a gestão municipal, a cidade apresentou redução de 30,2% nos crimes contra patrimônio e de 23,9% nos crimes violentos letais entre janeiro e novembro de 2011, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O Instituto Sangari diz, na introdução do estudo, que a intenção não é "realizar um diagnóstico das causas da violência no país". Ainda conforme o Instituto, foram enquadradas na análise comparativa "os óbitos acontecidos por acidentes de transporte, por homicídios ou agressões fatais e por suicídios".
A segunda cidade baiana tida como a mais violenta, Porto Seguro, aparece em 5º lugar no ranking nacional, com uma média de 108 assassinatos. Na 8° colocação está Itabuna, com quase 104 homicídios por 100 mil habitantes. Entre as 50 mais violentas do país, ainda aparecem outras quatro cidades baianas: Lauro de Freitas, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Dias D’Ávila.
A Secretaria de Segurança Pública do estado disse que tem conhecimento de que o índice de violência aumentou nos últimos 30 anos, mas está trabalhando para reduzir as ocorrências. Como exemplo, a Secretaria citou a criação das bases comunitárias de segurança e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, disse ainda que no primeiro semestre deste ano houve redução de 16% no número de homicídios na Bahia.
Índices no Brasil
O estudo mostra que o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais.
O índice de homicídios por 100 mil habitantes passou de 11,7 em 1980 para 26,2 em 2010 no Brasil, superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003.
Segundo o estudo, houve um aumento de 124% desde o ano de 1980 ou 2,7% ao ano, informa o levantamento. As mortes violentas passaram de 13.910 casos registrados em 1980 para 49.932 em 2010. No total foram 1.091.125 assassinatos. O aumento, em termos de números brutos, nas últimas três décadas chega a 259% - 4,4% de crescimento anual.
De 1980 a 1985, houve um crescimento acelerado de assassinatos nas capitais e regiões metropolitanas, que passam de 17,9 para 40,1 homicídios para cada 100 mil habitantes no período. O crescimento nas capitais nestes 15 anos chega a 123,8%, ou cerca de 5,5% ao ano. As mortes no interior crescem 55,9% no período - 3% ao ano.
Entre 1995 e 2003, aponta o estudo, o aumento na taxa de homicídios nas capitais é de 9,8% (incremento anual de 1,2%). Já no interior a marca cresce mais - 41,4% nos oito anos - cerca de 4,4% anual.
Segundo o comunicado, a cidade presta atendimento emergencial para pacientes de localidades do entorno, inclusive acidentes ocorridos na BA-093. “As áreas de onde vêm muitos dos casos que são atendidos em Simões Filho são sabidamente carentes, regiões que historicamente apresentam mais registros de crimes violentos”, apresenta como argumento. Ainda de acordo com a gestão municipal, a cidade apresentou redução de 30,2% nos crimes contra patrimônio e de 23,9% nos crimes violentos letais entre janeiro e novembro de 2011, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O Instituto Sangari diz, na introdução do estudo, que a intenção não é "realizar um diagnóstico das causas da violência no país". Ainda conforme o Instituto, foram enquadradas na análise comparativa "os óbitos acontecidos por acidentes de transporte, por homicídios ou agressões fatais e por suicídios".
A segunda cidade baiana tida como a mais violenta, Porto Seguro, aparece em 5º lugar no ranking nacional, com uma média de 108 assassinatos. Na 8° colocação está Itabuna, com quase 104 homicídios por 100 mil habitantes. Entre as 50 mais violentas do país, ainda aparecem outras quatro cidades baianas: Lauro de Freitas, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Dias D’Ávila.
A Secretaria de Segurança Pública do estado disse que tem conhecimento de que o índice de violência aumentou nos últimos 30 anos, mas está trabalhando para reduzir as ocorrências. Como exemplo, a Secretaria citou a criação das bases comunitárias de segurança e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, disse ainda que no primeiro semestre deste ano houve redução de 16% no número de homicídios na Bahia.
Índices no Brasil
O estudo mostra que o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais.
O índice de homicídios por 100 mil habitantes passou de 11,7 em 1980 para 26,2 em 2010 no Brasil, superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003.
Segundo o estudo, houve um aumento de 124% desde o ano de 1980 ou 2,7% ao ano, informa o levantamento. As mortes violentas passaram de 13.910 casos registrados em 1980 para 49.932 em 2010. No total foram 1.091.125 assassinatos. O aumento, em termos de números brutos, nas últimas três décadas chega a 259% - 4,4% de crescimento anual.
De 1980 a 1985, houve um crescimento acelerado de assassinatos nas capitais e regiões metropolitanas, que passam de 17,9 para 40,1 homicídios para cada 100 mil habitantes no período. O crescimento nas capitais nestes 15 anos chega a 123,8%, ou cerca de 5,5% ao ano. As mortes no interior crescem 55,9% no período - 3% ao ano.
Entre 1995 e 2003, aponta o estudo, o aumento na taxa de homicídios nas capitais é de 9,8% (incremento anual de 1,2%). Já no interior a marca cresce mais - 41,4% nos oito anos - cerca de 4,4% anual.
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