Bandidos mandaram passageiros descerem e atearam fogo aos ônibus
Grupamentos das polícias Civil e Militar da Bahia
passaram a noite de quarta, 30, e a madrugada desta quinta, 01, em busca
dos bandidos que atearam fogo em quatro ônibus e apedrejaram outros dois em Porto Seguro (a 709 km de Salvador) espalhando pânico na cidade.A ação ocorreu após o sepultamento do traficante Edilson Pereira Viana, 33, o Aleluia, morto, domingo passado, a cerca de 100 metros da delegacia onde depôs sobre a fuga de um preso, no sábado. Antes do enterro, por volta das 11h40, cerca de 100 pessoas (familiares e amigos de Edilson) fizeram um protesto em frente à delegacia.
Segundo a polícia, era um grupo de 12 homens e, até às 20 horas de quarta, quatro dos suspeitos de envolvimento nos ataques haviam sido detidos. Um deles estava com o corpo cheirando a gasolina.
A ação criminosa atingiu os bairros Baianão, Paraguai, Casa Nova e o centro da cidade. Um dos ônibus queimados (no bairro Paraguai) era escolar, os outros coletivos são da Viação Porto Seguro, que não quis se manifestar sobre o assunto – o valor estimado de cada veículo é de R$ 130 mil e R$ 150 mil.
Terror - Nos bairros atingidos, o clima foi de pânico total segundo os moradores. Os bandidos mandaram os ocupantes descer dos ônibus, derramaram gasolina e atearam fogo. Duas pessoas ficaram queimadas e estão no Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas a polícia não soube informar se são vítimas ou participavam da ação criminosa.
Nos bairros e no centro, onde o comércio fechou as portas, poucos se atrevem a falar sobre o ocorrido. No Baianão, a reportagem encontrou apenas uma padaria aberta, por volta das 15h30. Além de pôr fogo e apedrejar ônibus, os bandidos atiraram nas lojas e em um caixa eletrônico. Vários estilhaços de vidro ficaram espalhados pelas ruas durante todo o dia.
“Aqui onde moro, eram quatro e chegaram em um carro branco, sedã, quatro portas, todos encapuzados. Botaram fogo no ônibus e depois saíram atirando nas lojas, e no horário de meio-dia, quando tinha movimento. Por pouco, não houve morte”, relatou um comerciante do Baianão, que teve os vidros da loja quebrados.
Escolas dos três bairros e o Instituto Federal de Educação da Bahia (Ifba) cancelaram as aulas
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