Velório de agente da 2ª DT é acompanhado por multidão

Uma multidão foi ao cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, na Baixa de Quintas, se despedir do agente administrativo Edson Araújo Nascimento, de 67 anos, numa cerimônia fúnebre marcada pela dor e revolta de familiares, amigos e colegas de trabalho nesta quinta-feira, 22. Dezenas de pessoas acompanharam o velório do lado de fora da capela, que ficou completamente lotada, numa demonstração de quão Edson era querido na Cidade Nova, bairro onde morava.
Lotado na 2ª Delegacia Territorial (Lapinha), o servidor foi assassinado no início da manhã de quarta-feira, ao ser emboscado na Ladeira do Ypiranga, enquanto cumpria a rotina de levar a esposa para a igreja. Segundo testemunhas, o veículo do agente foi fechado por homens que estavam em um Fiat Siena, preto, e em uma motocicleta. Na vista da esposa de Edson, os criminosos deflagraram vários tiros contra a vítima, que morreu no local.
“Não sei como alguém é capaz de fazer mal a um deficiente. Edson era uma pessoa que não tinha coragem de matar uma mosca”, indignou-se uma colega de trabalho do agente, que preferiu manter o anonimato. Para o coordenador do Serviço de Investigação (SI) da 2ª DT, Leônidas Cafezeiro, capturar os assassinos do colega é apenas questão de tempo. “Dentro de alguns dias, planejamos fazer uma operação no perímetro”, referiu-se ao bairro Cidade Nova, onde Edson foi alvejado.
Acusados  - Um dos quatro suspeitos apontados como participantes do atentado, o suposto traficante de drogas Alessandro Pereira Silva (idade não informada pela polícia), foi preso escondido em um bar, horas depois do crime. Rafael Santos, 30, que seria o mentor do homicídio, segundo a polícia, Flávio Rogério Luiz Trindade, o Foguinho, e um homem identificado apenas como Fabrício, o Bri, continuam foragidos.
A polícia trabalha a hipótese de vingança de Rafael contra o agente, por suspeita da vítima tê-lo delatado, em agosto passado, quando foi preso com 10 trouxinhas de maconha. Na ocasião, contou Cafezeiro, Rafael se fez passar pelo irmão, para que a polícia não conseguisse identificar sua vida pregressa. Na delegacia, a mãe de Rafael desmentiu a versão apresentada pelo filho e confirmou sua verdadeira identidade. “Ele chegou a ameaçar o colega, de quem era vizinho”, lembrou Cafezeiro.

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