O filho do presidente do Tribunal
Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter, Rafael
Zveiter, 19 anos, e Rogério Rangel, 50, herdeiro do grupo Plastigel,
foram feitos reféns por três homens que invadiram condomínio na Praia de
Icaraí, Niterói, às 3h de ontem. Rafael e Rogério ficaram em poder dos
bandidos por aproximadamente uma hora e foram levados no carro de
Rogério até uma favela de Pendotiba, Região Oceânica da cidade, onde
foram libertados. De lá, eles caminharam até encontrar uma patrulha da
Polícia Militar e pedir ajuda.
“Fui assaltado e largado em uma favela.
Graças a Deus nada demais aconteceu! Que vida louca essa que estamos
vivendo. Estou sem celular. E sem iPad”, postou Rafael no Facebook.
De acordo com o desembargador Zveiter, os bandidos entraram no prédio após renderem Rogério.
“Quando Rafael chegou de táxi, um dos
criminosos estava escondido na portaria, enquanto os outros subiram com
Rogério. Alertados pelo comparsa, que já ameaçava Rafael, os outros
ladrões desceram com Rogério, deram uma coronhada no porteiro e falaram
que o matariam porque ele acionara o portão da garagem sem querer,
talvez por nervosismo”, disse o magistrado.
Delegado da 77ª DP (Icaraí), Mario Luiz
da Silva, não quis dar informações sobre o episódio para não prejudicar
as investigações, entretanto, já está com as imagens de câmeras de
segurança do prédio. O material foi periciado pelo Instituto de
Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Rafael ainda será chamado para
prestar depoimento.
Calma evitou o pior, diz Rafael
De acordo com Rafael, que desabafou no
Facebook, a calma foi fundamental para evitar o pior. “Os policiais
elogiaram a maneira como eu soube conduzir os fatos. Tive sensibilidade
para dialogar com os assaltantes. Fui iluminado por Deus!”, comentou ele
na Internet.
“Meu filho argumentou que era Natal, que
o rapaz tinha família e convenceu os bandidos”, detalhou Luiz Zveiter.
“Não estou com raiva. Estou tenso, fiquei mais de uma hora com uma arma
apontada para a minha cabeça”, escreveu o jovem.
Fonte: O Dia
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