Inconformados com a tragédia, parentes evitaram falar sobre o crime e apenas confirmaram a preocupação de André sobre a posse do terreno. Devido às circunstâncias do crime, a polícia trabalha com a hipótese de execução. Pai e filho foram atingidos com 18 tiros, dentro do veículo Fox branco, NYR-8075, dirigido por André. Os disparos foram efetuados por dois homens a bordo do veículo Gol prata, placa NTI-0217, que chegaram ao local atirando. As vítimas morreram na hora.
Testemunhas ainda contaram em depoimento na Delegacia de Homicídio e
Proteção à Pessoa (DHPP), que minutos antes do crime, pai e filho
tinham ido ao terreno fotografar as cercas e uma placa do local,
instalada pela Superintendência de Trânsito (Transalvador). De acordo
com a placa, estava permitido estacionar no local, desde que não
houvesse cobrança de taxas. Há alguns anos, André e o filho cobravam
taxas de clientes para estacionar no terreno, situado próximo a uma casa
de shows da Paralela.
As investigações do caso seguem sob responsabilidade do delegado
Jesus Pablo Barbosa, do DHPP. Até o momento, a polícia preferiu não
divulgar informações sobre o avanço das apurações para “não atrapalhar
as investigações”.
Outras ações - O inditoso André Cintra já havia sido notícia na
imprensa, depois que o desembargador Carlos Alberto Cintra entrou com
uma ação contra ele por difamação e calúnia. O desembargador alegou que
“André não tinha nenhum parentesco com a tradicional família Cintra e
estaria usando o sobrenome em benefício próprio”. Nascido André Santos,
este ingressou com uma ação de retificação de registro para mudar o
nome para André Cintra, “passando a fazer alusões de ligações com o
ex-presidente do TJB.
André também contrariou muitos interesses quando da “Operação
Janus”, que investigava um esquema de corrupção envolvendo juízes e até
desembargadores, tendo ocorrido inclusive a prisão de advogados e
empresários, e afastamento de magistrados. Nessa “Operação”, André
Cintra passou a ser chamado “Mister-X”, acusado de passar informações
que envolvia juízes e desembargadores na venda de sentenças. TribunadaBahia
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