Fla planeja usar verba de acordo judicial para bancar Ronaldinho

Disposto a romper com a Traffic e assumir o salário integral de Ronaldinho – R$ 1,25 mihões inclindo o pagamento de luvas – o Flamengo se apressa e busca alternativas financeiras. Numa reunião realizada na noite desta sexta-feira, no Leblon, Zona Sul do Rio, o vice de finanças, Michel Levy, o marido da presidente Patricia Amorim, Fernando Sihman, e o vice jurídico, Rafael de Piro, analisaram uma possível solução para dar fim ao imbróglio que coloca em risco a permanência do atacante no clube. 
 
Trata-se do acordo judicial com a Cosan Combustíveis e Lubrificantes S.A. (Esso Brasileira de Petróleo Ltda). A briga na Justiça se arrasta por causa do uso indevido de um posto de combustível no terreno da sede rubro-negra durante alguns anos. Costurado no fim de 2010 por Arthur Rocha, colaborador da gestão de Patricia Amorim e ex-vice geral do clube, o acordo prevê o encerramento da ação que arrasta-se por quase 16 anos mediante o recebimento de cerca de R$ 7,7 milhões, quantia que representaria metade do valor total do processo. Parte do montante poderia ser usada para quitar os cinco meses de salários atrasados do jogador (R$ 3,75 milhões) e posteriormente iniciar uma espécie de “poupança Ronaldinho”.
 
Em junho de 2009, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, em segunda instância, que o Flamengo deveria receber R$ 9,7 milhões. Entretanto, a empresa recorreu e o processo entrou na fase pericial. Em dezembro de 2010, o Conselho Deliberativo apreciou e aprovou por unanimidade a proposta de acordo. A Cosan, porém, protelou o cumprimento. A indefinição sobre a forma de pagamento gerou questionamentos do Conselho Fiscal e travou a conclusão. Foram esses pontos que Levy, Sihman e De Piro debateram no encontro. A ideia da atual diretoria sinaliza com um desfecho que promete rachar a política interna do clube.
 
Outra alternativa está em questão. O Flamengo também poderia realocar o contrato do jogador ao contrato dos direitos de transmissão dos jogos do time.

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