administração
pública e fez de Clementino Coelho, seu irmão, presidente da Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf)
durante praticamente um ano. A estatal tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão
aprovado para 2012. Após questionamentos do jornal O Estado de S.Paulo, o governo anunciou que vai trocar o comando.
Segundo nota da Casa Civil, Guilherme Almeida será nomeado nos próximos dias para a presidência da estatal. Clementino continuará como diretor.
Bezerra está na berlinda por ter privilegiado
seu Estado, Pernambuco, com a destinação de recursos para a prevenção
de desastres e pelo abandono de diversos lotes da obra da transposição
do Rio São Francisco. A saída de seu irmão da presidência da Codevasf é
uma forma de tentar atenuar seu desgaste político.
Clementino
assumiu o comando da estatal em 24 de janeiro de 2011, 21 dias depois
que Bezerra tomou posse no Ministério da Integração. Diretor de
Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf desde 2003,
Clementino Coelho acabou alçado à presidência após a exoneração de
Orlando Cézar da Costa Castro. O estatuto da empresa determina que na
vacância da presidência o diretor com mais tempo de casa responde
interinamente. A manutenção do irmão do ministro ocorreu porque não
houve uma nomeação formal.
Regras
O
decreto presidencial 7.203 de 2010 afirma que "são vedadas nomeações,
contratações ou designações de familiar de ministro de Estado" para
cargo em comissão. Mais a frente, no parágrafo único do artigo 4.º, é
reiterado que o caso de subordinação entre parentes é inadmissível. "Em
qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança sob subordinação direta do agente público."
A
Controladoria-Geral da União (CGU), porém, afirma que o caso não
incorreu na regra porque quando Bezerra tomou posse seu irmão já era
diretor da Codevasf. O inciso II do artigo 4.º do decreto prevê uma
exceção quando o nomeado vai ocupar um cargo superior ao do que já está
na administração pública.
Sobre o fato de Clementino responder pela
presidência da companhia há um ano, a CGU afirma não poder se manifestar
porque a situação é "inédita" e não está prevista no decreto. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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