Rui Costa é empossado chefe da Casa Civil



Empossado como novo  secretário da Casa Civil da gestão estadual, diante de mais de mil pessoas, entre militantes, principais lideranças do Estado, parlamentares de todos os partidos da base e 200 prefeitos, o deputado federal licenciado, Rui Costa (PT) deu demonstrações de sua forte influência no cenário político atual. O próprio governador Jaques Wagner (PT) deixou transparecer sua admiração com a capacidade de aglutinação do amigo e aliado ao dizer no início do discurso que: “Já vi que o novo secretário é bom de convocação.

Ao chegar aqui pensei que tinham antecipado o Bonfim”, disse provocando risos no auditório completamente lotado, da Fundação Luís Eduardo Magalhães ,onde ocorreu a cerimônia de posse ontem. Com a missão de continuar o trabalho da ex-secretária Eva Chiavon, considerada a dama de ferro do governo, Costa disse que comandará a pasta com “estilo diferente, mas a essência do projeto será a mesma”.

Ele atribuiu a escolha do governador pelo seu nome ao “conhecimento adquirido” em sua passagem pela gestão no primeiro mandato e a “relação de confiança”, construída ao longo dos 30 anos de amizade.

Como prioridades de sua atuação à frente da secretaria, ele citou a melhoria portuária, o avanço das obras do Porto Sul e da Ferrovia Oeste Leste, a construção e reformas dos aeroportos de Vitória da Conquista, Ilhéus, Feira de Santana e Barreiras, o início das obras da linha 2 do metrô, trecho da Paralela e ainda “arriscou” dizer que quer pelo menos “deixar fincados os primeiros pilares da ponte Salvador-Itaparica”.

Durante o ato, o secretário decidiu de última hora deixar de lado o discurso pronto e falar de forma improvisada sobre sua caminhada.

Em clima de emoção, frisou sua trajetória de menino pobre criado no bairro popular da Liberdade até chegar à política, impulsionado não pela vocação, mas pelo sonho de coletividade. Logo no início, ele chamou ao palco os filhos Aline e Caio para participar do ato e por duas vezes citou sua mãe com voz embargada.  Os elogios a atuação do governador surgiram através dos números.

“Quando ele chegou ao governo não admitiu que a Bahia tivesse dois milhões de analfabetos e em cinco anos alfabetizou 850 mil baianos; construiu 1.200 leitos hospitalares; encontrou 4 mil matrículas de educação profissionalizante e em 2011 matriculou 50 mil jovens nesse ensino”, citou Costa sob aplausos da plateia.      

 Costa destacou que trabalhará em “equipe” e irá estabelecer cronograma e prazos para executar as ações. “E irei cobrar dos diversos órgãos de governo”, disse frisando como principais desafios, a baixa arrecadação do estado, as burocracias e a dependência da Bahia dos investimentos federais e ainda “o tempo que passa rápido”. Além do governador, estavam presentes, o vice Otto Alencar, os senadores, Lídice da Mata, Walter Pinheiro  e João Durval, os ministros Afonso Florence, Mário Negromonte, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo e o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito.

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