A entrada dos produtos relacionados ao Carnaval nos sites de
compras coletivas segue em ritmo lento. Até agora, por exemplo, só o
bloco Cordão Cultural,
comandado pela cantora Margareth Menezes, disponibilizou, nesse tipo
de ferramenta, o abadá para participar da agremiação. Segundo Dode
Meirelles, empresário de Margareth Menezes, a venda coletiva online é
válida porque acontece de forma segura e sem riscos.
“Você garante a compra sem sair de casa
e não precisa ir aos locais utilizados para a entrega de abadás que já
são visados e costumam ser alvo de assaltos”, acrescenta Dode.
Ele garante que a parceria com um dos sites proporcionou
adquirir o abadá por um preço acessível. Na compra coletiva, um dia de
desfile no bloco custa R$ 50, o que significa uma economia de 50%. Além
disso, o valor pode ser pago no cartão de crédito. “Mas a nossa proposta não é entrar na competitividade dos grandes blocos”, explica Meirelles.
Limitação - Joaquim Nery, diretor da Central
do Carnaval, conta que houve grande procura em 2011 por parte dos sites
especializados em compras coletivas para que a empresa
disponibilizasse a venda dos produtos no novo formato. A ideia, segundo
ele, ainda não vingou: “Achamos difícil, pois nosso serviço tem
limitação quantitativa. Os produtos são vendidos com descontos muito
grandes e os blocos não têm condições de sustentá-los”, explicou Nery.
Comissários e vendedores de vestimentas afirmam que o comércio de
abadás nos sites de compras coletivas ainda não é vantajoso para eles.
Na opinião de Affonso Batista Neto, que começou a trabalhar como
comissário aos 17 anos e hoje, aos 31, é coordenador de vendas, a opção
não trará benefícios. "Isso seria a extinção do trabalho dos
comissários. Quando ganhar força, os comissários acabam", opinou.
Dificuldades - O comissário, bastante comum antes do
surgimento das centrais oficiais de vendas, ganhava um abadá de
cortesia a cada dez vendidos. Hoje, segundo Affonso, o desempenho dessa
função encontra dificuldades.
Já os ingressos para camarotes são mais fáceis de ser encontrados
dentre as ofertas oferecidas nos sites. Em um deles, é possível adquirir
ingressos para o camarote San Marino pela metade do preço. “Até a
chegada do Carnaval teremos outras ofertas. A procura é grande mas, por
estratégia não podemos anunciar ainda”, disse Lucas Souza, executivo de
comunicação da página eletrônica Groupon.
Adepta das compras virtuais, a funcionária pública Inês Nascimento
diz que esta é uma forma de economizar e ainda reunir os amigos. “Como a
compra é feita em grupo, a gente aproveita o desconto e junta todo
mundo”.
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