George Brito
Desde os anos 1980 símbolo da privatização do
Carnaval de Salvador, as cordas começaram gradativamente a ir ao chão
nas duas últimas edições da folia. Atrações famosas, como Armandinho,
Moraes Moreira, Luiz Caldas, Carlinhos Brown e Daniela Mercury já
traziam antes o folião pipoca atrás dos trios, mas foi no ano passado
que Saulo Fernandes, da banda e bloco Eva, provocou o que parece ser
uma reviravolta agora, quando aboliu o cordão de isolamento na
terça-feira de Carnaval de 2011, puxando 20 mil pessoas. De um, os
adeptos dos sem-cordas passaram a dez este ano, segundo informou o
presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco.
Entres os novos adeptos da tendência, destaque para Chiclete com Banana, Tuca Fernandes e Jammil. Já para 2013, outros artistas caros à indústria carnavalesca, como Asa de Águia, Claudia Leitte, Harmonia do Samba e Psirico, anunciaram o desejo de prestigiar a pipoca. O abaixar das cordas é, contudo, mínimo. Limita-se a um dia dos seis de festa, por atração.
“É uma demagogia. Durante décadas esses artistas se serviram desse modelo e enriqueceram com ele. Se o Carnaval pode ter um dia sem corda, porque não pode todos? Não é uma boa pergunta? questiona o cantor e compositor Walter Queiroz, crítico contumaz das cordas.
Divergências - É, sim, uma boa pergunta, e as respostas ainda são divergentes. Membro da Associação de Camarotes da Bahia, o proprietário do camarote Só Você (Ondina), Armando Brasil , admite que “como negócio seria melhor sem corda, porque o maior gasto dos blocos (fora quando há grandes atrações) é com a segurança”, ou seja, cordeiros e seus coordenadores. “Há muito tempo o camarote é mais lucrativo”, completa.
Por outro lado, o presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Fernando Boulhosa, destaca que, embora haja a tendência sem-cordas, é preciso “entender que isso deve ser bancado por alguém”, seja “iniciativa privada, prefeitura ou governo”.
O diretor da Central do Carnaval (congrega 27 blocos e 11 camarotes), Joaquim Nery, também condiciona o êxito do fenômeno ao patrocínio. “Foi o investimento da Ambev que criou um dia com Chiclete e Tuca. No momento em que você tem quem financie é interessante”, avaliou.
Para o pesquisador do Carnaval e professor da Ufba, Paulo Miguez, abaixar as cordas não resolve. “Não é só eliminar as cordas, é regulá-las. O carro de apoio não tem nada a ver com o Carnaval, ocupa espaço público”.
Entres os novos adeptos da tendência, destaque para Chiclete com Banana, Tuca Fernandes e Jammil. Já para 2013, outros artistas caros à indústria carnavalesca, como Asa de Águia, Claudia Leitte, Harmonia do Samba e Psirico, anunciaram o desejo de prestigiar a pipoca. O abaixar das cordas é, contudo, mínimo. Limita-se a um dia dos seis de festa, por atração.
“É uma demagogia. Durante décadas esses artistas se serviram desse modelo e enriqueceram com ele. Se o Carnaval pode ter um dia sem corda, porque não pode todos? Não é uma boa pergunta? questiona o cantor e compositor Walter Queiroz, crítico contumaz das cordas.
Divergências - É, sim, uma boa pergunta, e as respostas ainda são divergentes. Membro da Associação de Camarotes da Bahia, o proprietário do camarote Só Você (Ondina), Armando Brasil , admite que “como negócio seria melhor sem corda, porque o maior gasto dos blocos (fora quando há grandes atrações) é com a segurança”, ou seja, cordeiros e seus coordenadores. “Há muito tempo o camarote é mais lucrativo”, completa.
Por outro lado, o presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Fernando Boulhosa, destaca que, embora haja a tendência sem-cordas, é preciso “entender que isso deve ser bancado por alguém”, seja “iniciativa privada, prefeitura ou governo”.
O diretor da Central do Carnaval (congrega 27 blocos e 11 camarotes), Joaquim Nery, também condiciona o êxito do fenômeno ao patrocínio. “Foi o investimento da Ambev que criou um dia com Chiclete e Tuca. No momento em que você tem quem financie é interessante”, avaliou.
Para o pesquisador do Carnaval e professor da Ufba, Paulo Miguez, abaixar as cordas não resolve. “Não é só eliminar as cordas, é regulá-las. O carro de apoio não tem nada a ver com o Carnaval, ocupa espaço público”.
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