Dilma afirma que é contra a anistia a PMs grevistas

A presidente Dilma Rousseff disse que ficou "estarrecida" com as negociações para ações de vandalismo pr parte de policiais militares na Bahia, em greve desde o último dia 31. "Fiquei estarrecida ontem (quarta) quando vi gravações em uma televisão, a TV Globo, sobre o fato de que há outros interesses envolvendo a paralisação. Isso não é correto", afirmou durante visita às obras da rodovia Transnordestina, no município de Parnamirim, sertão pernambucano, a 561 km do Recife. 

Na ocasião, ela se mostrou categoricamente contra a anistia dos policiais grevistas da Bahia. "Por reivindicar, as pessoas não têm de ser presas nem condenadas, mas por atos ilícitos, por crimes contra o patrimônio, crimes contra a pessoa e contra a ordem pública, não pode ser anistiado". A declaração foi dada em uma rápida entrevista ao vistoriar obras da ferrovia Transnordestina, 
"Se anistiar, aí vira um país sem regra", declarou. A presidente afirmou que o Brasil tem hoje uma visão de garantia da lei e da ordem muito moderna."Nós não consideramos que seja correto instaurar o pânico, instaurar o medo e criar situações que não são compatíveis com a democracia. Não concordo em alguns casos, de maneira alguma, com processo de anistia que parece sancionar qualquer ferimento da legalidade, não concordo e não vou concordar".
 
Segundo ela, numa democracia sempre se tem que considerar legítimas as reivindicações, mas há forma de reivindicar. "Não considero que aumento de homicídios na rua, queima de ônibus, entrada em ônibus encapuzados sejam uma forma correta de conduzir o movimento".
 
O Jornal Nacional exibiu na noite de quarta-feira (9) conversas gravadas com autorização judicial nas quais grevistas falam em queimar carretas e bloquear uma rodovia.

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