De
acordo com matéria da Folha de S. Paulo, a greve da Polícia Militar na
Bahia "abriu terreno para milícias praticarem uma matança na periferia
de Salvador".
O texto sustenta que “as milícias baianas são grupos paramilitares
bancados por comerciantes para manter a ordem na periferia”. Os alvos
prioritários são, sobretudo, “usuários de drogas, moradores de rua e
desafetos dos grupos armados que detêm o controle, de fato, de áreas
mais violentas”.
A Folha ouviu o delegado Arthur Gallas, do Departamento de Homicídios e
Proteção a Pessoa, que admite que os grupos “estão se aproveitando da
greve, que reduziu o policiamento, para 'limpar' a área e matar quem
estava incomodando". Segundo a mesma fonte, “há evidências de que
milicianos e traficantes de drogas tenham assassinado pelo menos 38
pessoas desde o início da greve da PM, no dia 31 de janeiro”.
Na matéria, a inteligência da Polícia Civil confirma a operação dessas
organizações criminosas em áreas como Subúrbio Ferroviário, aglomerado
de bairros e favelas vizinho à baía de Todos os Santos.
O mais estranho é que, até o final do ano passado, a Secretaria de
Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não reconhecia a atuação de milícias
ou crime organizado na capital baiana
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