Com relação à desocupação da Assembleia Legislativa da Bahia, realizada na manhã de hoje, Robinson acredita que foi o principal passo para o fim da greve. "Há algumas paralisações. Acho natural que após um movimento como este a categoria se reúna para rever o que foi negociado e acordado. Oficiamente registramos apenas algumas paralisações", explicou.
Questionado sobre uma possível influência do movimento grevista do Rio de Janeiro, que ainda nesta quinta pode aderir à greve, Robinson Almeida disse que não há como a ação dos PMs cariocas influenciar na polícia baiana. "Aqui há um claro processo de que tudo está voltando ao nornal. A situação do Rio não deve incindir aqui porque a força do movimento que tivemos era em reivindicações locais. Apenas a ASPRA tinha uma ligação com os interesses nacionais", completou.
Crise na segurança - Terminou, por volta das 20h desta quinta (9), a assembleia geral dos grevistas que avaliou a proposta feita pelo governo do estado para que eles voltem às atividades. O encontro aconteceu no Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, e a maioria dos presentes decidiu pela continuidade da paralisação.
Ao final do encontro, muitos saíram cantando o grito de guerra que já se tornou hino do movimento: “ô, ô, ô, a PM parou... a PM parou”. Ao que parece, os agentes de segurança seguem irredutíveis quanto à revogação dos mandados de prisão contra dirigentes da Aspra e quanto à anistia geral para os manifestantes. Se não houver acordo, na sexta (10) os PMs entrarão no 11º dia de greve.
Ao ser questionado pela repórter Fabíola Lima, do Bocão News, o porta-voz garantiu que a paralisação será mantida por tempo indeterminado. Apesar disso, ele admitiu que o Exército e os oficiais da PM não tem condições estruturais de fazer a segurança do carnaval. “A situação pode ser resolvida amanhã. Só depende do governo”, pontuou. De acordo com o manifestante, mais de 32 mil PMs estão afastados de suas atividades na capital e no interior.
Proposta do governo - O governo da Bahia ofereceu à categoria Gratificação de Atividade Policial (GAP) de níveis 4 e 5, antiga reivindicação da categoria. Segundo Robinson Almeida, após saberem que a GAP 4 e a GAP 5 seriam oferecidas, os policiais aceitaram a proposta e comemoram muito. Na noite do dia 6, Nesta noite, o governo ofereceu uma proposta de 6,5% de reajuste referente ao mês de janeiro, caso os grevistas desocupassem a AL e retomassem as atividades.
Balanço da greve
Trabalhando:
Brumado, Guanambi, Macaúbas, Livramento de Nossa Senhora, Ibotirama, Poções, Lençóis, Cruz, Cachoeira, Santo Amaro, Entre Rios, Campo Formoso, Conquista, Formosa do Rio Preto, Carinhanha, Morpará, Uibaí, Itambé, Itapetinga, Luis Eduardo Magalhães, Paratinga, Santa Maria da Vitória, Correntina, Miguel Calmon, Riachão do Jaguarípe, Capim Grosso, Valente, Conceição do Coité, Coronel João Sá, Caravelas, Medeiros Neto, Itamarajú, Eunápolis, Pau Brasil, Côcos, Glória, Cícero Dantas, Barra.
Parcial:
Feira de Santana, Senhor do Bonfim, Serrinha, Itaberaba, Santo Antônio, Teixeira de Freitas.
Parado:
Alagoinhas, Paulo Afonso, Juazeiro, Ilhéus e Itabuna.
Salvador: de 250 viaturas já tem 190 nas ruas.
Matéria postada às 22h
Fotos: Edson Ruiz e Roberto Viana / / Bocão News
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