Peru: comandante do Sendero é acuso de terror e tráfico

Promotores peruanos apresentaram nesta segunda-feira acusações de terrorismo e tráfico de drogas contra um comandante da guerrilha maoista do Sendero Luminoso, o camarada Artemio, cujo nome é Florindo Eleutério Flores Hala, de 50 anos. Artemio foi transportado sob forte esquema de segurança até o presídio de segurança máxima de Callao, perto de Lima, onde cumpre pena de prisão perpétua, desde a década de 1990, o líder máximo do Sendero, Abimael Guzmán, o camarada Gonzalo.

O promotor Marco Guzmán disse que camarada Artemio  será levado a julgamento em no máximo três meses. Guzmán disse que a promotoria pedirá a pena máxima para o acusado, que é a prisão perpétua. Flores Hala foi capturado em 12 de fevereiro nas florestas peruanas. Artemio era um dos últimos membros do temido Comitê Central do Sendero, organização que na década de 1980 e começo da de 1990 mobilizou milhares de combatentes contra o governo peruano e chegou a controlar regiões inteiras do país. A guerra deixou dezenas de milhares de mortos, até que em 1992 camarada Gonzalo foi capturado e o Sendero começou a ser desmantelado e se retirou para as florestas. O grupo se aliou ao narcotráfico, ao qual passou a oferecer proteção em troca de dinheiro e armas.

O governo peruano disse que após a captura de Artemio falta prender apenas o camarada José, outro membro do antigo Comitê Central do Sendero. Polícia e exército acreditam que camarada José  chefia um punhado de combatentes na região do vale do rio Apurímac-Ene, no sudeste do Peru.
As informações são da Associated Press.

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