O movimento grevista da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) começa a ganhar corpo e força. Segundo o comando, apenas 7% da corporação teria aderido à paralisação, que teve início na noite de terça-feira (31), mas, a Associação dos Sargentos e Soldados da Policia Militar da Bahia, decidiu apoiar o movimento nesta quinta-feira (02).
A Aspra também ganhou o apoio de outra categoria, a da Polícia Civil. Segundo Marcos Mauricio, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), os policiais irão participar de uma assembleia de caráter urgente urgentíssima para analisar a possibilidade de um movimento semelhantes ao militar.
A assembleia está marcada para sexta-feira (03), na Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia, em Salvador. Ainda Segundo Mauricio, “os objetivos dos PMs são os mesmos dos Civis”.
O movimento militar liderado pela Associação Aspra, segundo o comando geral da Polícia Militar, não tem legitimidade. Os policiais estão concentrados na Assembleia Legislativa e prometem realizar uma passeata na tarde de hoje. A contração partirá do Centro Administrativo da Bahia (CAB), até o Iguatemi.
Convocação:
O
Presidente do SINDPOC no uso das atribuições que lhe confere, convoca
todos os Policiais Civis do Estado da Bahia para participar da
Assembleia Geral de caráter URGENTE URGENTÍSSIMA para discutir e
deliberar sobre a pauta específica abaixo: Dia 03 de fevereiro de 2012 a
partir das 09h na Associação dos Funcionários Públicos do Estado da
Bahia, sito à Rua Carlos Gomes, 96, centro de Salvador;
Pauta: Avaliação do Movimento Paredista da PM-Ba
Marcos de Oliveira Maurício
Presidente
Outra associação também já havia declarado, por meio de nota aberta, ser favorável ao movimento reivindicatório. A
Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA) – FORÇA
INVICTA, que é considerada pelo governo, representante oficial da
categoria, públicou em seu site "que,
há algum tempo, vem alertando a sociedade baiana sobre o clima de
insatisfação generalizada que permeia toda a Corporação, sobretudo no
desrespeito aos direitos do profissional policial militar e que Governo
do Estado não tem dado a devida importância", diz a nota.Confira na integra:
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA) – FORÇA INVICTA vem a público informar que, há algum tempo, vem alertando a sociedade baiana sobre o clima de insatisfação generalizada que permeia toda a Corporação, sobretudo no desrespeito aos direitos do profissional policial militar e que Governo do Estado não tem dado a devida importância aos nossos anseios.
Ressaltamos
ainda que não somos favoráveis a movimentos reivindicatórios, com
paralisação de suas atividades, sem que antes sejam esgotados todos os
canais de negociação. Por conta disso, salientamos que já estávamos em
negociação com o Alto Comando da Corporação sobre as nossas principais
reivindicações: criação de uma Mesa Permanente de Negociação, envolvendo
os representantes das Associações de Oficiais e Praças; reajuste linear
de 17,28% retroativo a abril de 2007; revisão no valor do Auxílio
Alimentação; pagamento da diferença de GAP; implantação da GAP IV e V
para policiais ativos, inativos e pensionistas; atualização do valor do
Honorário de Ensino congelado há mais de uma década; pagamento da URV;
mudanças no Plano de Carreira; Regime Próprio de Previdência, na forma
que dispõe a Constituição Federal; implantação do Subsídio, conforme
prevê o § 4º do art. 39 da Carta Magna do País; isonomia salarial entre
os integrantes das Polícias Civil e Militar, de acordo com o que
preceitua o art. 47 da Constituição do Estado da Bahia; e melhores
condições de trabalho.
A
AOPMBA espera que o Governo valorize e reconheça o trabalho dos
policiais militares abrindo imediatamente um canal de negociação com os
representantes das Associações que os representa.
Bocão News
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