Dois rios baianos – de 49 avaliados pela Fundação SOS Mata Atlântica
em 11 estados brasileiros – estão entre os 10 mais poluídos do país.
Realizado entre janeiro de 2011 a março de 2012, a pesquisa, divulgada
nesta quinta, 22, no Dia Mundial da Água, atestou que nenhum dos rios
monitorados conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis “bom” ou
“ótimo”. Ao todo, 75,5% foram classificados como “regular” e 24,5% no
nível “ruim”. Na Bahia, foram avaliados sete rios. Destes, o Rio
Itapicuru Mirim, no município de Jacobina (BA), com 24 pontos, teve o
segundo pior desempenho da análise “superado” apenas pelo Rio Criciúma,
nacidade de Criciúma (SC), que obteve 23 pontos. Em situação semelhante
se encontra o Rio Catu, em Catu, Região Metropolitana, a 78 Km de
Salvador, Catu, na língua tupi-guarani, significa “bom”. Ironicamente, o
rio teve um “ruim” (26 pontos) na sua classificação na pesquisa. Na
análise, os técnicos da Fundação SOS Mata Atlântica encontraram nos rios
Itapicuru Mirim e Catu, entre outras coisas, plásticos e papel
acumulado nas margens, mau cheiro, ausência de peixes e um alto índice
de coliformes.
Ao percorrer os poucos mais de 4 km do Rio Catu, na parte em que
“corta e margeia” o centro da cidade, é notório observar que boa parte
da poluição está relacionada ao esgoto doméstico, lançado diretamente ao
rio. “É só olhar. O esgoto das casas e de empresas vai diretamente para
o rio. O pessoal chega e ainda joga entulhos. Não se tem consciência
ambiental alguma”, reclama o agente de portaria Ginalvo Ramos. Por sua
vez, o Rio Itapicuru Mirim em Jacobina, o segundo mais degradado entre
os 49 avaliados, deve passar por revitalização ainda este ano. A
informação é do secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e
RecursosHídricos, Roberto Oliveira Amorim. Segundo ele, todo o esgoto da
cidade é jogado no rio há anos, o que justifica o alto índice de
poluição. A revitalização, em parceria com o governo do Estado, teve
início em obras de saneamento, nas quais o esgoto será canalizado para
uma central de tratamento de água e não mais para o rio. “Após tratada a
água é devolvida para o rio. Estamos com cerca de 40% das obras
concluídas”. (Atarde)
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