Otacílio de Oliveira, da Cooperpaz, cobra mais estrutura para serviço de coleta
A advogada Luana Gomes Rodrigues Horiuchi, 29 anos, costuma separar o lixo e levar para pontos
de coleta seletiva em supermercados da Pituba desde que chegou ao
bairro há três anos. Ainda não é prática generalizada, mas há projetos,
segundo a Associação Baiana de Supermercados (Abase), de estender a ação
para toda a rede presente na capital baiana.Mas os projetos em vigor enfrentam, dentre outros problemas, o mau uso dos pontos. Os usuários terminam jogando também lixo comum nos pontos de coleta seletiva. Luana Horiuchi costumava depositar o lixo no Bompreço do Itaigara e no Hiper Ideal do bairro onde mora – hoje apenas este último continua recebendo o lixo, uma vez que a unidade do Bompreço está desativada para manutenção.
“Todo sábado eu procuro um desses pontos para recolher o lixo. Eu morei um tempo na Federação e lá o próprio pessoal da cooperativa do bairro recolhia nos condomínios. Hoje eu ainda encontro dificuldade para reciclar o óleo de cozinha. Não achamos lugar para reciclar”, diz a advogada.
Atualmente operam em Salvador 23 cooperativas de catadores, que, individualmente, firmam parcerias com condomínios, lojas, shoppings e demais estabelecimentos comerciais – alguns realizam também coleta nas ruas. A Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), ligada à Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), coordena as atividades no município, mas não informou quantos postos de coleta seletiva há na cidade, nem a quantidade de material mensalmente reciclado.
O presidente da Abase e proprietário do Atakarejo, Teobaldo Luís da Costa, diz não haver também, por parte da associação que preside, dados gerais sobre a reciclagem de lixo promovida por supermercados. “Cada supermercado faz a reciclagem de forma individual, não há uma ação coordenada. Por isso é difícil ter números”, aponta.
Teobaldo da Costa, entretanto, diz entender que a reciclagem é importante para a cidade. “Vamos discutir uma campanha para colocar na frente de todos os supermercados pontos de coleta seletiva. Disponibilizaremos tanto as áreas quanto as caixas coletoras”, disse o presidente da Abase. Ele afirma que no seu empreendimento ainda não há espaço reservado para que clientes depositem o lixo reciclável.
A assessoria de imprensa da Walmart, que administra as lojas Bompreço e Hiper Bompreço, informou que a estação de reciclagem da loja da Pituba, bem como a da Manoel Dias, foram retiradas para manutenção. Mas a rede mantém outras 28 estações, cujos resíduos são coletados pela Cooperativa de Catadores Agentes Ecológicos de Canabrava (Caec), instituição que tem em seus quadros, aproximadamente, 300 trabalhadores cooperados
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