Com
mais de vinte dias após o fim da greve da Policia Militar do Estado da
Bahia, se entregam nesta quarta-feira (7), o policial Josafá Ramos,
diretor da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia
(Aspra) em Feira e o ex-PM Edianari Almeida, que tiveram mandato de
prisão preventiva expedidos em decorrencia da participação na greve.
Durante
o movimento paredista, os dois tiveram a prisão decretada e desde os
momentos finais da greve eram considerados foragidos da Justiça. Os dois
estão em Feira de Santana e Edianari Almeida se apresenta no Tribunal
de Justiça da Bahia (TJ-BA), na companhia de um advogado, já Josafá
Ramos se entrega na sede da 67ª Companhia Independente de Polícia
Militar (CIPM), cujo o comando foi comunicado pelo próprio policial.
A
pauta de reivindicação dos policiais, entre os demais pleitos,
concentrava-se no pagamento da Gratificação de Atividade Policial (GAP)
IV e V. Essas GAPs foram votadas ontem (6), em sessão ordinária na Assembleia Legislativa da Bahia.
Edianari
Almeida disse que decidiu se entregar em razão dos comentários de que
seria capturado a “qualquer custo”. “Para bom entendedor, qualquer custo
quer dizer ‘vida ou morte’ e com esta atitude de me apresentar sei que
estarei resguardando a minha vida”, afirmou.
Segundo
o ex-policial, o Tribunal de Justiça, através da 2ª Vara Criminal ainda
não entregou a documentação necessária para que o advogado possa entrar
com recurso para revogar a prisão. “A Justiça alega formação de
quadrilha, é o que está no inquérito. Diante dessas informações que os
advogados irão tomar as decisões. Não é uma situação confortável, por
que ser foragido e principalmente como estamos sendo acusados, os nossos
familiares estão sofrendo muito com isso. A sociedade não sabe a luta
que tivemos”, observou.
Para
Josafá Ramos, a situação de estar foragido da Justiça não se sustenta
mais. Segundo Ramos, uma das acusações que pesam sobre ele é de ter
roubado uma viatura em Salvador no dia 2 de fevereiro, data na qual,
segundo ele, não saiu de Feira de Santana. “É uma apresentação
voluntária e digna e de ter a convicção de que não cometi qualquer
crime. Como um corpo pode ocupar dois espaços. Viram que passei o dia
integral aqui. Isso não é do meu feitio”, defendeu-se.
Fonte: Aspra
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