Estatística
da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) aponta
um índice de 75% de recuperação dos automóveis subtraídos em Salvador,
taxa superior à média nacional que gira em torno de 60%, segundo dados
coletados junto ao Detran. O delegado Nilton Borba, titular da DRFRV,
informou nesta sexta-feira (23) que mais de 40 criminosos envolvidos em
furtos e roubos de carro já foram presos em flagrante em 2012, tendo a
polícia desarticulado diversas quadrilhas.
Segundo
a DRFRV, Salvador registra uma média diária de oito roubos de veículos,
praticados em sua maioria, às terças, quartas e quintas-feiras, entre
18 e 23 horas. Itapuã, Brotas, Stella Maris, Liberdade e Boca do Rio
são, atualmente, os bairros com maior incidência dessa modalidade de
crime contra o patrimônio. O Comércio, por sua vez, está entre as áreas
com maior ocorrência de furtos de veículos em Salvador, capital que, de
acordo com os números da unidade especializada, registra uma média
diária de três casos nessa modalidade.
Muitos
dos carros roubados são utilizados em assaltos, fugas e no transporte
de drogas, sendo posteriormente abandonados e resgatados pela polícia.
Parte é vendida por quadrilhas especializadas para receptadores em
outros municípios, como os 24 veículos recuperados, no fim de semana, em
várias cidades da região sudoeste. Givaldo Ferreira da Silva,
proprietário de um ferro-velho na cidade de Planalto, foi preso por
participar deste esquema, encomendando carros aos criminosos, pagando
entre R$ 500 e R$ 2 mil por veículo recebido, colocando-os a seguir à
venda.
Veículos
mais antigos, fabricados anteriormente à utilização da chave de ignição
codificada, são alvo preferencial de furtos. Depois de desmanchados em
oficinas clandestinas, as peças e outros componentes são comercializados
pelas quadrilhas, podendo o comprador desses artigos de origem ilícita
ser autuado em flagrante ou indiciado por crime de receptação. A chave
codificada funciona como dispositivo antifurto.
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