Carolina Dieckmann deveria ter fotos impressas, não no computador, alerta especialista


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Atriz teve as fotos nuas divulgadas sem sua autorização
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Se a atriz Carolina Dieckmann não queria ver suas fotos nuas serem divulgadas na internet sem sua autorização deveria ter imprimido as imagens. Para William Alevate, especialista em segurança da informação da empresa Modulo Security Solutions, computadores têm memória e guardam as informação que processam e, por isso, não devem ser tratados como eletrodomésticos. Fotografias, e-mails, trabalhos escolares, planilhas, tudo pode ser hackeado se o dono do equipamento não tomar as precauções necessárias, o que pode ter ocorrido com a atriz.

Carolina viu fotos tiradas para sua intimidade com o marido vazarem na rede na última sexta-feira (4). Em diversas imagens ela aparece nua. A atriz procurou a Polícia Civil, que investiga como as imagens foram para na internet sem a autorização da atriz. Carolina chegou a dizer que não sabia que as fotos íntimas estavam no computador.

Segundo Alevate, o principal motivo para invasão do computador é o próprio dono do equipamento, que não tem o conhecimento adequado para proteger suas informações.

- Um computador não é como um eletrodoméstico comum. Ele guarda dados, tem memória. O ideal é não tirar essas fotos. Se tirar, o ideal é imprimir. Para deixar dentro do computador é preciso ter muito conhecimento sobre a segurança para se resguardar.

O especialista explicou que o ideal para quem guardas informações comprometedoras ou sigilosas no computador é ter o diretório que armazena os dados criptografado, ou seja, quando se embaralha os dados no software.

- Só o criador que criptografou vai conseguir reorganizar esses dados.

Além de criptografar, o usuário tem de criar uma senha forte com letras, números e caracteres (colchetes, parentes, etc), além de proteger essa senha com uma frase que somente o criador vai saber a resposta.

Com essas ferramentas de proteção, segundo Alevate, quando o computador for enviado para a manutenção, o técnico de informática precisará de meses para conseguir invadir os dados. Uma outra forma de se resguardar é levar o equipamento em uma técnica autorizada pelo fabricante do computador e exigir um termo de sigilo e confiabilidade.

- Nesse caso, você pode acionar a empresa em caso de vazamento de informações. Se a empresa não tem o termo, você pode fazer e levar. É uma salvaguarda jurídica.

Alevate explicou que existem várias maneiras de hackers invadirem o computador, mas a mais clássica e mais usada é o Cavalo de Troia, quando um vírus é enviado por um e-mail com remetente falso.

- Um exemplo é aquele e-mail com o título ‘você está sendo traído’. Você clica, tem uma carta com termos genéricos e com um link de uma imagem falsa. Quando você clica o link, eles invadem seu computador. Mas, também podem acontecer com e-mails falsamente sérios, como de bancos. Os hackers mexem com as emoções.

O especialista também alerta para nunca usar antivírus gratuitos. Essa ferramenta tem de ser adquirida de uma empresa de confiança.

As principais dicas do especialista são ter o diretório criptografado com senha forte e sempre se manter informado sobre segurança.

- Tem de saber usar direito. É como aquele conselho que damos aos filhos ‘não fale com estranhos’

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