O brasileiro Junior Cigano teve duas vezes a oportunidade de vencer o homem que sobrepujou seu mestre e mentor Rodrigo Minotauro.
Na primeira, ele venceu Cain Velásquez, que havia batido seu mestre e
amigo por nocaute, e conquistado o cinturão dos pesos pesados do UFC. Na
segunda, esta noite, a missão era duplamente difícil: manter o cinturão
e devolver a Frank Mir
as duas derrotas impostas a seu mentor - um nocaute e uma finalização. E
Cigano, mais uma vez, fez o que se esperava dele. Com um direto uma
sequência de golpes, ele derrotou Mir por nocaute aos 3m04s do segundo
round no MGM Grand, em Las Vegas, defendendo pela primeira vez o seu
título e, mais importante, honrando seu mestre diante de seu algoz
justamente no Memorial Day, o feriado americano dedicado à lembrança dos
soldados do país mortos em combate.
- Eu me sinto sensacional. É uma sensação maravilhosa. Minotauro é um
tremendo lutador, e Mir é um ótimo lutador. Essa luta é entre eles. Eu
vim aqui para defender o meu título, e fiz isso. Me surpreendeu o quanto
ele consegue aguentar. Quero agradecer à galera de Salvador e de
Caçador! Também quero agradecer ao meu amigo Breno, que veio aqui
comigo. Essas pessoas passam por tantas dificuldades que merecem ter um
momento de alegria - disse Cigano antes de levantar o menino nos ombros
no centro do octógono.
Com
a vitória, Junior Cigano se torna o primeiro peso pesado do UFC a
defender seu cinturão desde Brock Lesnar, que manteve o título no UFC
116 contra Shane Carwin após conquistá-lo diante do mesmo Frank Mir, no
UFC 100. Além disso, Cigano mantém o Brasil como o país com o maior
número de cinturões do UFC - três - ao lado dos EUA (o Canadá possui um)
e, de quebra, impediu que Mir conquistasse o título dos pesados do UFC
pela terceira vez, igualando-se à lenda Randy Couture, o único a
conseguir o feito.
-
Ele é o campeão, ele é rápido e não consegui sair do seu raio de
alcance. Foram muitos golpes, e eu não pude fazer nada. Ele é muito
perigoso. Seria muito difícil derrubá-lo, e mesmo que eu não quisesse a
luta em pé, não tive como evitar que acontecesse - disse Frank Mir.
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