Cerca de 200 professores ajudaram na montagem das barracas e na venda do produtos
Com frutas e verduras doadas por feirantes da capital baiana,
os professores que estão em greve pela rede estadual de educação desde o
dia 11 de abril realizaram uma feira de alimentos em plena Praça da
Piedade (região central da cidade), na manhã desta quinta-feira, 3.O movimento foi planejado ontem, quando professores da capital e do interior optaram pela continuação da greve, em assembleia realizada na Assembleia Legislativa.
Cerca de 200 professores ajudaram na montagem das barracas e na venda do produtos, que estavam sendo repassados a preços bastante acessíveis, entre um e dois reais, o quilo.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, mais do que mobilizar o governo e a população quanto às reivindicações da categoria, o movimento chamado de Feira da Sobrevivência arrecadou recursos para ajudar os professores, já que muitos deles já estariam sem dinheiro para comprar os itens domiciliares básicos.
"O governo não apresenta critérios nem nos cortes. Em uma mesma escola, percebemos que alguns professores receberam metade do salário, outros um terço e alguns, nada", argumentou o coordenador.
O valor arrecadado não foi informado, mas a quantia obtida deve ser direcionada para compra de alimentos para os professores que ocupam a Assembleia Legislativa, como também para o pagamento das contas emergenciais de alguns docentes que tiveram o salário cortado integralmente, segundo Rui Oliveira.
Uma nova assembleia dos professores está marcada para a próxima segunda-feira, 7, no mesmo local. Nesta quarta, a paralisação da categoria completa 22 dias.
Ilegalidade - Conforme anunciado pela Secretaria de Educação do Estado, no último dia 18 de abril, os professores da rede estadual de ensino, que decidiram pela manutenção da greve, sofreram cortes de ponto por conta dos dias de paralisação.
Os cortes incluem todo o período da greve, contando com a data de início da greve. A medida cumpre uma decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade do movimento.
Os professores reivindicam 22,22% de reajuste e não aceitam o parcelamento do aumento até abril de 2013. Sem acordo, o impasse continua entre o governo e os cerca de 40 mil educadores. A paralisação deixa 1,5 milhão de alunos sem aula em todo o Estado
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