Familiares do pedreiro Gilberto Vieira da Silva, que morreu no domingo
28/6/2012 20h25 - A Polícia Civil de Jacobina investiga um suposto homicídio que pode ter sido cometido no município na noite do último sábado, 23, no bairro da Serrinha.
O pedreiro Gilberto Vieira da Silva, de 38 anos, morreu nas dependências do hospital Regional de Jacobina no último domingo, 24, depois de ser, segundo informa os familiares, vítima de agressão física durante uma festa de fogueira de ramos realizada no bairro da Serrinha na noite do sábado dia 23.
A senhora Rita Maria Batista da Silva, esposa da vítima, disse que o marido chegou em sua casa, na Travessa Tiradentes, no fim da noite de sábado, se queixando de fortes dores na cabeça provocadas, segundo informou ele, por uma tijolada que levou na cabeça após ter se envolvido em uma confusão com duas pessoas na citada festa realizada na rua do Cruzeiro.
Pouco tempo depois de chegar, Gilberto teria piorado e desmaiado na rua, sendo levado pelos parentes até o hospital Regional para receber atendimento médico, onde veio a falecer já por volta das 13 horas do domingo.
Após ouvir o relato de algumas testemunhas da confusão, que disseram aos parentes que Gilberto teria sido agredido a socos, chutes e por uma tijolada na cabeça, a família decidiu prestar uma queixa na Polícia Civil para que o caso fosse investigado.
"Meu marido era uma pessoa que não mexia com ninguém, ele bebia muito mas era trabalhador e uma pessoa tranquila, o que fizeram com ele foi uma covardia: disse dona Ritinha".
Segundo informações colhidas no fim da manhã de hoje com o delegado titular do município, Dr Clériston Jambeiro, o caso já está sendo investigado e as pessoas acusadas da agressão já estão sendo intimadas e estão sendo ouvidas, um dos envolvidos inclusive é menor.
Mas, segundo o delegado, o processo investigativo foi prejudicado pelo fato de o corpo não ter sido enviado ao IML local para realização do serviço de necropsia, para se saber de forma definitiva a real causa morte da vítima.
Estamos trabalhando segundo o relato das testemunhas e o depoimento dos acusados, mas a causa morte ainda não foi definida, pois o corpo não foi necropsiado e nem o hospital identificou a causa morte nem expediu atestado de óbito até o momento, explica o delegado.
Segundo os familiares, após o óbito, o hospital liberou o corpo para sepultamento e disse que eles teriam que retornar ao serviço social do hospital na segunda para pegar o atestado."
Desde então estamos tentando pegar o tal documento mas a assistente social diz agora que o atestado tem que ser pegue na delegacia, mas aqui na delegacia fomos informados que o documento tem que ser expedido pelo hospital, já que a morte ocorreu lá e o corpo foi liberado pela unidade de saúde sem a realização de necropsia, "procedimento de praxe em casos de morte violenta", para ser sepultado.
A certidão só seria emitida na delegacia se o corpo tivesse sido necropsiado, disse Tato, irmão da vítima, por volta das 11h20 desta quinta, quando saia desolado da delegacia rumo ao hospital novamente, Não aguento mais esta humilhação, além de perder meu irmão, tenho que enfrentar esta peregrinação para provar que ele morreu, desabafou.
Polêmicas à parte, as investigações continuam e provavelmente, caso as investigações apontem que Gilberto foi realmente espancado, seu corpo deva passar por uma exumação para que seja então definida a causa morte.
Continua também a peregrinação da família em busca da certidão de óbito. E nós continuaremos a acompanhar o caso.
Gilberto tinha duas filhas, Adriele Batista, de 13 anos, e Alícia Batista, que choram a morte precoce do pai. Leia mais no www.bahiaacontece.com
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