Preocupado
com o risco de evasão escolar e com o prejuízo pedagógico, o secretário
João Carlos Bacelar, está realizando reuniões periódicas com todo corpo
técnico da Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
(Secult), para buscar soluções para os alunos da rede municipal de
Salvador que vão migrar para escolas da rede estadual. Ao todo, 1845
alunos do 9º ano (antiga 8ª série) e parte dos 20748 do 5º ano, podem
ser prejudicados pelo calendário letivo adotado por conta da greve dos
professores.
Os
alunos da rede municipal, que estão com o calendário letivo em dia e
vão concluir o ano em dezembro, só devem começar a estudar em maio,
quando provavelmente será iniciado o ano letivo 2013 na rede estadual.
Para Bacelar, o pior é que os reflexos dessa greve poderão ser sentidos
até 2015.
“O
aluno da rede municipal que concluir o nono ano do ensino fundamental
em dezembro de 2012 provavelmente só terá acesso à escola da rede
estadual em maio de 2013. Certamente vai haver evasão escolar e o
prejuízo será do estudante. Com a greve o ano letivo de 2012 está
comprometido. Isso revela descaso com a educação do filho do
trabalhador, o que me deixa indignado”, disse Bacelar.
Além
dos alunos do 9º ano, pode haver prejuízo também para alunos do 5º ano,
já que, a rede municipal de ensino só tem capacidade para abrigar 15%
dos mais de 20 mil que vão passar para o 6º ano, tendo a maioria,
irremediavelmente, que migrar para a rede estadual, enfrentando os
mesmos problemas com o calendário letivo.
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