A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com a Agerba,
realizou, nesta sexta-feira, 6, uma blitz na BR-324 e próximo do pedágio
de Simões Filho (Grande Salvador) para flagrar o transporte clandestino
em vans. De 60 abordagens, eles identificaram sete veículo sem
autorização para transportar passageiros, e cujos motoristas não tinham a
habilitação D, que permite levar em um veículo mais de dez pessoas.
Um dos veículos autuados, com multa de R$ 2.588, dirigia-se a
Candeias (Grande Salvador) durante a manhã. Segundo o diretor-executivo
da agência reguladora do Estado (Agerba), Eduardo Pessoa, a principal
dificuldade para coibir o transporte ilegal está na forte rede de
comunicação criada pelos clandestinos.
Por celular, eles trocam informações dos locais onde estão instaladas
as blitzes, o que provoca desvio de caminhos e entrada nas cidades por
vias alternativas, como a estrada do CIA. “É preciso uma forma mais
articulada de impedir, inclusive, essa comunicação, mas eles são muito
rápidos. É uma rede que tem muito mais gente por trás, além dos
motoristas”, diz Pessoa.
O diretor acrescentou, ainda, que os clandestinos, ao chegarem à
altura do posto da PRF na BR-324, entram em uma estrada vicinal e saem
alguns metros adiante. “Quando a fiscalização chega, meia hora a 40
minutos depois, os clandestinos não passam mais. Eles deixam de operar
nas rodovias e entram nas estradas vicinais, que conhecem muito bem”,
afirma o diretor.
A Agerba estima haver, na Bahia, cerca de 4,5 mil transportadores
clandestinos em atividade, contra 3,5 mil ônibus que fazem as linhas
intermunicipais. O ponto principal, segundo o órgão, é na Brasilgás, na
BR-324. Ali, ficam concentrados cerca de 20 a 40 vans e carros pequenos à
espera de passageiros. Os principais destinos são Feira de Santana,
Serrinha, Cachoeira e Conceição do Coité.
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