presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual
Marcelo Nilo (PDT), prometeu, em entrevista ao programa Se Liga Bocão
nesta quarta-feira, apresentar o vídeo em que uma funcionária da Casa
teria sido agredida verbalmente por uma professora grevista.
“Estou me comprometendo em, até amanhã, apresentar esse vídeo em que a
servente, chorando, fala da humilhação que sofreu e do orgulho que sente
em trabalhar para sustentar os seus quatro filhos”, prometeu Nilo.
“Nós não temos responsabilidade sobre atos individuais de qualquer
pessoa. Esse assunto não foi discutido pelo comando de greve. Não estive
com essa professora. Mas exigiremos uma apuração séria para saber o
que, de fato, aconteceu. Em tese, acho que ela não seria capaz de fazer
isso, mas vamos apurar. O movimento sempre se caracterizou por ser
pacífico e ordeiro”, afirmou Rui Oliveira.
As farpas com o coordenador-geral da APLB continuaram. Marcelo Nilo
afirmou que Rui Costa só deixou a greve se estender por tanto tempo
porque o filho estuda em um colégio particular. “Sabia que o filho dele
(Rui Costa) estuda em escola privada? Talvez tenha sido por isso que ele
tenha permitido uma greve de 99 dias. Se fosse da escola pública, ele
não teria deixado chegar ao estado que chegou”, especulou.
“Com muita tranquilidade, digo que meu filho sempre estudou em escola
particular. Estuda no Sartre COC, tem 18 anos, é meu filho único e eu
quero o melhor para ele”, respondeu. Questionado se ele acredita na
educação pública de qualidade, o educador foi incisivo. “Se eu puder
colocar meu filho no melhor, vou colocar. Assim como se eu puder ter um
plano de saúde, não serei atendido pelo SUS”, justificou.
O presidente da Assembleia ainda declarou otimismo em relação à
desocupação dos educadores do prédio do Legislativo. “A Assembleia
Legislativa não pode ser o acampamento dos grevistas. Aqui é a Casa do
Povo. Eles vão sair assim que a decisão judicial for anunciada”,
concluiu.
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