Pais de menina morta em Sauipe pedem indenização de R$ 5,4 milhões

O advogado dos pais da menina Maria Eduarda, que morreu afogada em uma piscina do resort Costa do Sauipe, no litoral baiano, José Beraldo, disse que vai entrar com um pedido de indenização por dano moral no valor de R$ 5,4 milhões contra o empreendimento hoteleiro. Não há previsão de quando o advogado vai entrar com a ação.

Além do pedido de indenização, o advogado também vai entrar com uma ação criminal, o que deve acontecer na próxima semana. "Minha equipe vai viajar para a Bahia neste domingo (22) e vamos tentar uma reunião com a direção do resort. Na segunda, nós estamos agendando uma reunião com o secretário de Segurança Pública (Maurício Barbosa) para pedir rigor absoluto nesse caso. Não vamos aceitar nenhum tipo de intervenção ou obstrução da justiça", diz o defensor.

Após esses dois encontros, José Beraldo pretende entrar com a ação criminal. Ele quer que o resort responda por homicídio culposo e omissão de socorro. "Pessoas abastadas também têm que sentar no banco do réu. Existe a responsabilidade objetiva do resort. Temos elementos suficientes para mostrar que não havia salva-vidas, que o pai não tirou o foco da criança e não consumiu bebida alcoólica. O pai não foi negligente, a culpa é totalmente do resort", argumenta o advogado.

De acordo com José Beraldo, no momento do acidente, o pai estava do lado de fora da piscina tirando fotos da família, quando se distraiu e perdeu a menina de vista. Ele teria então iniciado busca pela criança, quando viu um turista tirá-la de dentro da piscina.

O defensor diz que o salva-vidas demorou cerca de 20 minutos para iniciar o socorro a Maria Eduarda. O resort nega, através de nota enviada a imprensa, que não tenha prestado os primeiros socorros. De acordo com eles, havia salva-vidas na área da piscina no momento do acidente. O resort não se pronunciou sobre o possível pedido de indenização.

José Beraldo diz que o valor de indenização é referente a mil vezes o custo do pacote de viagem pago pela família. Ele justifica que não há como mensurar o tamanho da dor dos pais ao perder a filha e que o pedido de indenização também é condizente com o poder econômico do resort. ATARDE

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