Casa abandonada: 'Gabriela' manda carta e questiona: comemorar o quê



 
Pegando todos de surpresa e fazendo jus a um dos personagens mais polêmicos do escritor baiano Jorge Amado, do qual o centenário se aproxima, a atriz Sônia Braga, primeira Gabriela, mandou carta à senadora Lídice da Mata na qual diz que na condição de filha adotiva de Amado e Zélia não vê sentido, em participar da sessão especial em homenagem ao escritor.
 
Na coluna de Levi, do Jornal A Tarde, um trecho desta carta foi publicado: A casa onde viveu Jorge Amado e Zélia Gattai, apesar de todos os esforços dos filhos, está abandonada por causa de recursos. Sendo assim, uma solenidade no Congresso, sem ter uma definição para a situação da Rua Aagoinhas 33, para mim não faz o menor sentido. (...) Gostaria de saber se existe alguma definição neste sentido.
 
Desde de que Jorge Amado morreu a casa continua fechada. Segundo o colunista, os turistas que lá chegam tiram foto da porta. A Secretaria de Cultura da Bahia (na época do secretário Márcio Meirelles) alegou que não tinha como passar dinheiro para a iniciativa privada e ficou nisso.
 
Mas, o centenário de Jorge Amado será comemorado nesta sexta (10). Ainda conforme Levi, tudo que lembra o momento veio de São Paulo ou da iniciativa privada baiana. E se o Governo do Estado não liga para Jorge, há quem ligue.

A coluna divulgou também que a família do escritor recebeu propostas de duas universidades , uma da Inglaterra e outra dos Estados Unidos. Ambas se comprometem a fazer uma réplica da casa do Rio Vermelho, desde que o acervo vá. Mas, não houve acordo. Entre os componentes afetivos há algo insuperável: as cinzas de Jorge e Zélia estão sepultadas no fundo do quintal, debaixo de uma mangueira.
 
Sendo assim, resta à família receber a imprensa nesta sexta e apresentar um novo projeto para a utilização da casa. Mas, se não há investimentos para a casa do pai, a filha - Sônia Braga, já avisou ao Senado que lá não vai.

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