"Me sinto injustiçado. Sou inocente. Quero retratação após tudo ser esclarecido", afirma o policial. Desde o ocorrido, o soldado está preso em flagrante e é apontado pela polícia como coautor, pois as vítimas teriam dito que ele ficou na porta do ônibus controlando o acesso, enquanto ocorria a violência. O policial está custodiado no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. Aragão diz que ele e a família estão sofrendo muito por causa da prisão.
O PM argumenta ter consciência de que não participou de nada, que não tem ciência do que se passou no interior do ônibus e nem contribuiu para qualquer coisa que possa ter ocorrido. O soldado Aragão nega também ter trabalhado como segurança da New Hit. "Sou amigo da banda. Dinho, o baixista, é meu amigo desde antes de eu me tornar policial. Viajei com a banda para curtir o show, pois estava de folga. No final do show, muitas fãs tentavam entrar no ônibus. Então, resolvi ajudar o segurança a controlar o tumulto".
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Controle de acesso - Aragão enfatiza que era grande a confusão na frente do ônibus, por causa do grande número de fãs que queriam ter acesso aos músicos. O soldado afirma que o segurança da banda não é policial. O PM relata que os dois passaram a controlar o acesso das fãs que subiam para tirar fotos com os ídolos.
Processo disciplinar - Contatado pela reportagem, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Braga de Castro, comentou o assunto. "Ele (o soldado Aragão) tem pouco tempo de polícia e não se tem registro de nenhum fato que desabonasse a conduta dele", afirma o comandante.
O coronel diz que a corporação instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso. O prazo de conclusão é 40 dias. Segundo a assessoria da PM, o soldado pode receber advertência, ser preso ou expulso, se for considerado culpado, ou ter o processo arquivado, se for inocente. Também é apurado se o soldado atuava como segurança da banda. O estatuto da PM exige exclusividade.
Laudo - O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana liberou, nesta sexta, o laudo com os resultados dos exames feitos nas roupas das duas adolescentes que acusam os músicos. Mas o delegado Marcelo Cavalcante não quis falar sobre o conteúdo do documento e não fez comentários sobre a decisão de indiciar ou não os envolvidos. "Na segunda-feira, o inquérito irá para a Justiça. Aí, eu poderei me pronunciar. Se falar agora, estarei fazendo um pré-julgamento, uma vez que o laudo é peça importante na decisão", frisou.
Os nove músicos continuam detidos no presídio de Feira de Santana.
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