Já se passaram mais de 30 dias e o neto da ascensorista Joselina Souza ainda pergunta pelo pai, Clayton Conceição Souza, 24, assassinado a tiros no dia 19 de agosto. O principal suspeito do crime é o padrasto do jovem, Edmilson Tenório dos Santos, segurança da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
A vítima: Clayton Conceição Souza // Foto: arquivopessoal+TatianeFigueiredo
“Meu filho foi morto a sangue frio durante uma discussão banal. Minha vida mudou no dia de sua morte, minha filha não consegue conviver com as lembranças e eu não sei o que dizer para meu neto de apenas sete anos”, disse emocionada a mãe do rapaz.
Acusado: Edmilson Tenório dos Santos
O assassinato foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e o acusado que fugiu no dia do crime se apresentou na unidade após ser expedido um mandado de prisão, mas continua solto. De acordo com a delegada Cleuba Teles, todos os tramites necessários para a prisão foram executados. “O caso foi investigado e a prisão preventiva foi solicitada, mas um advogado recorreu e o caso que foi encaminhado à Justiça e a juíza Rosana Fragoso Chaves, 1ª Vara Crime, no Fórum Ruy Barbosa, revogou a prisão e ele respondera o processo em liberdade”, explicou à delegada.
A mãe relata o dia do crime:
“Eu o conheço há mais de 20 anos, já tivemos desentendimentos e nunca o vi sacar a arma, um revolver calibre 38, que guarda no quarto. No dia do crime, estávamos na sala de casa quando minha filha resolveu acompanhar o irmão. Edmilson não aprovou a saida dela e iniciou a discussão. Chateada ela afirmou que sairia independente da opinião dele.
Em um momento meu filho percebeu a confusão, e pediu para que ele parasse. Mas, ele não parava de discutir. Foram várias agressões verbais e em um determinado momento ele empurrou meu filho e ele caiu no sofá.
Depois disso o clima na casa parecia estar calmo, Edmilson se trancou no quarto e eu achava que ele iria embora. Mas, derrepente ele saiu com a arma na mão, atirando a esmo. Um dos tiros acertou meu filo. Clayton correu e tentou pular o muro, mas ele o puxou e ainda atirou três vezes quando ele estava no chão”. Detalhou Joselina Souza para a reportagem do Bocão News. Sofrendo com a falta do filho ela espera que a justiça possa ser feita.
Revolta:
“Estamos aqui para pedir que o presidente Marcelo Nilo (PDT) exonere Edmilson e ajude a resolve esse caso. Ele acabou com uma família, deixando inclusive um filho de seis anos órfão de pai”, declarou Daniele dos Santos.
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