O
clima de consternação recaiu sobre o comitê de Nelson Pelegrino (PT)
neste domingo (28) de eleições, em Salvador. Com 100% das urnas
apuradas, os 46,49% - 623.734 votos - do petista não foram suficientes
para superar 53,51% - 717.865 votos - do adversário ACM Neto (DEM) que
em 1° de janeiro passa a administrar a capital baiana pelos próximos
quatro anos.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 2,48% dos eleitores - 36.579 - votam em branco. Outros 6,66% - 98.353 - optaram por anular o voto.
Pelegrino concedeu entrevista coletiva para a imprensa atestando a derrota nas urnas e agradeceu aos eleitores que depositaram confiança em suas propostas. “Aquilo que nos cabe é reconhecer a derrota. Mas, todos vocês podem ter certeza que irei continuar na oposição. Continuarei a lutar por tudo que lutei nos últimos 30 anos de história de militância”, conta emocionado.
Segundo o petista, ele foi alvo de ação, considerada criminosa por parte de ACM Neto e fez acusações ao adversário que saiu vitorioso. “Fui objeto de uma sórdida campanha. Tenho 22 anos de vida pública e de vida limpa. De uma hora para outra aparecem ruas asfaltadas no Bairro da Paz, ruas iluminadas em cima da hora, cooptação de líderes de bairro. Foi uma campanha que jamais imaginaria que iria acontecer”. Pelegrino agora concentra as suas atenções em Brasília, onde retorna para cumprir seu mandato de deputado federal. Uso da máquina da prefeitura.
A técnica de enfermagem, Lindinete Pereira, não classificou o resultado com uma derrota e acredita que em 2016 a história será diferente. ”mostramos que temos condições de lutar pelo melhor para a nossa cidade. Temos que mentalizar o seguinte: quem perdeu não foi Pelegrino e sim a cidade. As pessoas terão que sofrer para perceber a escolha que elas fizeram. Em 2016 o roteiro será outro e o final também”, desabafa a militante petista.
Formado em direito pela Universidade Federal da Bahia, Pelegrino concorria pela quarta vez à prefeitura de Salvador. Deputado federal no quarto mandato, Pelegrino também já foi vereador e secretário de Justiça da Bahia, na gestão do atual governador Jaques Wagner.
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