Banda Ghetto é Ghetto viaja enquanto segurança é sepultado


Luciano Santos de Souza, 40 anos, foi sepultado na manhã deste domingo (21), no cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília em Salvador. Com muita tristeza a família se queixou da falta de segurança na cidade e a falta de atenção da banda Ghetto é Ghetto.
 
Na noite de sexta-feira (19), o segurança Luciano Santos Souza, 40 anos, que trabalhava para banda Ghetto é Ghetto há dois meses, estava encostado em um carro na frente do Oba Oba quando dois homens, ainda não identificados, passaram em uma moto e efetuaram os disparos, segundo informações da Central de Polícia (Centel). A vítima foi atingida por pelo menos dez tiros na cabeça e não chegou a ser socorrida, morrendo no local. Luciano acompanhava a banda que iria fazer um show na Festa da Fugidinha. O caso foi registrado na 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba), mas o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o caso.
Nenhum representante da banda Ghetto é Ghetto esteve no sepultamento. Segundo o irmão de Luciano, Adriano Santos, a banda não prestou nenhuma assistência, nem se quer entrou em contato pelo telefone com os familiares e está viajando fazendo shows. Ele atribuiu a falha da segurança pública às autoridades governamentais. “A polícia faz o trabalho dela, falta trabalho daqueles que estão sentados lá atrás” desabafou Adriano, se referindo ao governo. 
 
Ele acrescentou dizendo que os dois candidatos a prefeito de Salvador perderam votos, pois ele não acredita mais nas propostas de segurança dos candidatos.
Maria Lúcia Ferreira Espírito Santo, irmã de Luciano, disse que sentia misericórdia dos assassinos do irmão, que era pai de sete filhos e também era avô. “Meu irmão era uma pessoa boa, quem faz isso são pessoas que não têm Deus no coração. A justiça de Deus não vai falhar disso eu tenho certeza. Eu tenho misericórdia deles, pois aquele que não se arrepende o destino é o inferno”, desabafou Maria Lúcia, que encerrou comentando sobre a insegurança em Salvador. “Hoje em dia, basta que alguém não goste da forma do outro olhar, que é o suficiente pra atirar”.  
O Vizinho de Luciano, Benigno Sabino Guedes, 68 anos, viu o ex-segurança crescer e disse que ele era tranqüilo, que nunca viu problema nenhum em Luciano. O aposentado relatou que mora em Salvador há mais de 50 anos, tem medo de andar na cidade e tem vontade de ir embora para o interior da Bahia

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