Bandeiras do Rio e do Brasil foram hasteadas nesta terça-feira
Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) começaram a ocupar a Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro,
na manhã desta terça-feira (16). Cerca de 150 homens vão substituir os
policiais civis que estavam na comunidade desde domingo (14). A entrada
dos agentes aconteceu por volta das 7h35.
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Manguinhos, Varginha, Mandela e Jacarezinho foram ocupadas pelas forças de segurança neste domingo em ação que durou aproximadamente 20 minutos. Participaram da ação cerca de 2 mil homens das polícias Civil, Militar e Rodoviária, além de militares com blindados.
O porta-voz do Bope, major Ivan Blaz, afirmou que a ocupação é uma continuação do trabalho que já estava sendo feito. "É um trabalho de continuidade daquilo que vínhamos fazendo em Manguinhos para preparar o terreno para a chegada da polícia de proximidade na comunidade do Jacaré", resume. A ocupação, diz o major, é estratégica e visa dar mais segurança a bairros que ficam nas proximidades do Jacarezinho.
Desde a ocupação, uma força-tarefa da Prefeitura realiza serviços na comunidade, como a troca de lâmpadas queimadas e a limpeza da área. Até a tarde de segunda, a Comlurb tinha recolhido 220 toneladas de entulho das favelas ocupadas. Até este fim de semana, a Comlurb estima que o total de lixo chegue a 300 toneladas.
UPPs até janeiroNo domingo, logo após a ocupação, Beltrame explicou que o planejamento da Secretaria de Segurança é instalar até janeiro as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nessas comunidades. "A data limite máxima para o planejamento é janeiro. As duas [Manguinhos e Jacarezinho] serão inauguradas muito próximas. A Polícia Civil vai ficar 24 horas até terça-feira com uma ocupação permanente, depois serão executadas ações diárias sistemáticas. Se Deus quiser a partir de hoje não teremos mais uma Faixa de Gaza”, ressaltou o secretário na ocasião.
Funcionário da Rioluz faz manutenção na
comunidade
Durante entrevista ao RJTV, o secretário também sinalizou que a próxima
UPP pode ser implantada no conjunto de favelas da Maré. “Eu acho que
com as ações que vem sendo desenvolvidas, é muito fácil o trabalho das
pessoas de identificar aonde serão os próximos caminhos. Eu, dentro da
minha maneira de ver, não vou revelar nunca essa questão. Mas eu acho
que por eliminação e a medida que a gente vai ocupando, a possibilidade
de esconder isso, de se fazer segredo, diminui”, disse Beltrame, ao ser
questionado se a próxima comunidade a receber uma UPP seria a da Maré.comunidade
O Rio de Janeiro tem hoje 28 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), ponta de lança do processo de pacificação iniciado pelo governo do estado há quatro anos. Cerca de 370 mil moradores são beneficiados. A primeira UPP foi instalada em dezembro de 2008, no Morro Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul da cidade.
Em 2009, o Rio ganhou mais quatro Unidades de Polícia Pacificadora, nas comunidades da Cidade de Deus, Jardim Batan, Babilônia/Chapéu Mangueira e Pavão-Pavãozinho/Cantagalo.
No ano seguinte, as UPPs chegaram a mais oito localidades: Ladeira dos Tabajaras/Cabritos, Morro da Providência, Borel, Formiga, Andaraí, Salgueiro, Turano e Macacos.
Em 2011, as comunidades de São João Quieto/Matriz, Coroa Fallet/Fogueteiro, Morro dos Prazeres/Escondidinho, Complexo de São Carlos e Mangueira/ Tuiuti ganharam UPPs.
O Morro do Vidigal, no Leblon, recebeu a primeira UPP de 2012. Em seguida, as unidades foram instaladas ao Morro do Alemão, Fazendinha, Nova Brasíllia, Adeus/Baiana, Chatuba, Fé/Sereno, Parque Proletário, Vila Cruzeiro e, em setembro, à Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro.
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