De acordo com o comandante do 12º BPM, Tenente Coronel Demósthenes Pereira, os PMs foram levados à corregedoria ainda no domingo à noite. O tenente coronel explica que uma punição aos policiais ocorre caso haja uma condenação pela Justiça. "O inquérito policial militar foi instaurado para investigar a situação e no prazo de 45 dias será encaminhado ao Ministério Público, independente do resultado", afirma.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pelos policiais, eles suspeitaram de um carro e duas motos que trafegavam em baixa velocidade pela Via Parafuso. Quando a viatura se aproximou, os veículos aceleraram cada um em uma direção diferente. Uma das motos estaria com duas pessoas, que fugiram a pé ao chegarem a uma borracharia.
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Nivaldo foi levado ao Hospital Geral de Camaçari pelos próprios PMs , mas não resistiu. O fato foi registrado no plantão central da 8ª DT (CIA), mas será encaminhado para a 18ª DT (Camaçari). Ele não possuía antecedentes criminais. Nivaldo foi sepultado nesta segunda-feira, 10, à tarde, no cemitério de Parafuso.
Revolta - Os moradores do distrito de Parafuso, em Camaçari, mostraram o tamanho da revolta com a morte de Nivaldo do Carmo Alves, queimando dois micro-ônibus e com o bloqueio à BA-535 (Via Parafuso), na manhã desta segunda, 10. Segundo os parentes, Nivaldo estava chegando em uma borracharia com sua moto. Os policiais mandaram parar, mas ele avançou e acabou sendo baleado.
"Ele não tinha carteira de habilitação e ficou com medo de a moto ser apreendida. Tomou o primeiro tiro nas costas e caiu. Saiu correndo e os policiais foram atrás e deram mais dois tiros no peito à queima-roupa", conta Júlio do Carmo, primo de Nivaldo. "Três pessoa pediram para os policiais não matarem, mas eles executaram meu primo covardemente. Mataram um trabalhado", completa.
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