A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar o caso de racismo
contra uma criança negra cometido pelo gerente da concessionária de
carros de luxo Autokraft-BMW, na Barra da Tijuca, na zona oeste no Rio. A
16ª Delegacia de Polícia (DP), que fica no bairro, abriu inquérito na
quinta-feira (24) após a veiculação de imagens do incidente por uma
emissora de televisão.
Em nota, a polícia informou que vai apurar
a prática de delito discriminatório na loja, onde, na última
quarta-feira (24), “o filho de um casal, cliente do estabelecimento,
quase foi expulso do parquinho”. Os agentes da polícia solicitaram as
imagens à emissora que as veiculou.
A Secretaria de Estado de
Assistência Social e Direitos Humanos enviou nesta sexta (25) um ofício à
Chefia de Polícia Civil solicitando a abertura de inquérito policial
para colher provas que poderão embasar o oferecimento de denúncia pelo
Ministério Público Estadual. Na noite de ontem (24), a secretaria
divulgou nota de repúdio aos fatos noticiados nos últimos dias, alegando
que o menino foi “vítima de intolerância e ofensa a seus direitos
humanos”.
O Artigo 5º da Lei 7.716, de 1989, determina a conduta
de “recusar ou impedir o acesso a estabelecimento comercial, negando-se a
servir, atender ou receber cliente ou comprador” como crime penalizado
com reclusão de 1 a 3 anos. Segundo o inciso XLII do Artigo 5º da
Constituição Federal, o crime é inafiançável e imprescritível.
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