De acordo com o major Marcelino Fernandes da Silva, chefe do departamento técnico da corregedoria, as investigações começaram após a denúncia feita pelo pai de Fernando Ferreira Ribeiro, de 16 anos, depois que o corpo de seu filho foi localizado em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.
Os 6 PMs são acusados de abordar um Corsa no último dia 25 de dezembro fora da região de patrulhamento deles, em Itaquaquecetuba. As imagens das câmeras do terminal rodoviário Pedro Fava, em Poá, na Grande São Paulo, mostram que a viatura abordou os suspeitos e, em seguida, os policiais levaram todos no camburão. Alguns dos PMs entraram no Corsa, que foi encontrado no dia seguinte em Arujá.
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Os corpos dos irmãos Thiago Rodrigues Alves e Alan Rodrigues Alves foram encontrados em Itaquaquecetuba. De acordo com a perícia, penas de urubu foram encontradas ao redor dos corpos carbonizados, o que indica que foram primeiramente executados e, dias depois, queimados.
Fernando Ferreira foi morto com dois tiros na nuca. Não há indícios de que os suspeitos estivessem armados. Um dos irmãos, Alan Rodrigues Alves tinha sido preso por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional.
O major explica que ainda não se sabe exatamente a sequência da execução, mas as investigações continuam. Colegas dos suspeitos executados são ouvidos pela polícia na noite desta sexta-feira (4), informa o major Marcelino.
— O que temos é a abordagem, que estava errada. Seria uma ação desastrosa, pois eles [policiais] dizem que foram fazer a abordagem de rotina, mas ficaram mais de 40 minutos lá, o que não é normal.
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Os policiais negam as acusações, porém, não justificam o fato de estarem fora da área de patrulha e tampouco a forma de abordagem, segundo o major.
— Os suspeitos deveriam ter sido encaminhados à delegacia.
Um dos oficiais, cujos nomes estão em sigilo, soma três ocorrências de morte em suas ações desde 2008. Em 2012, 358 policiais foram expulsos da PM por desvio de conduta.
Ainda de acordo com o major, mais policiais podem estar envolvidos no caso.
— O que temos para falar para as famílias e para a sociedade é que temos que prender, e não matar. R7
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