Em
torno de 2.300 policiais civis de Salvador estão, desde o dia 1º de
janeiro, sem o benefício da gratuidade no transporte público. De acordo
com o Sindicato das Empresas de Transportes Públicos (Setps), o convênio
que existia entra a Secretaria de Segurança Pública (SSP) está passando
por um período de avaliação e renovação.
Através da assessoria de imprensa, a Polícia Civil, informou que a
gratuidade é um “acordo de cavalheiros” entre as empresas e o governo.
O combinado existe desde que a bilhetagem eletrônica foi adotada pelo
sistema de transporte de Salvador.
“É preciso que o poder público subsidie a gratuidade, como acontece em
outros estados, e pague o valor integral usado pelos policiais, senão
quem vai pagar a conta é a população. Esse convênio está fora da lei; o
adotamos na expectativa de que um dia haja o ressarcimento”, diz o
superintendente-executivo do Setps, Horácio Brasil.
Maurício Barbosa, secretário de Segurança Pública, afirma que o pedido
do Setps foi encaminhado para análise da Procuradoria Geral do Estado
(PGE). “Esse convênio foi firmado desde a época do general Sá Rocha
(titular da SSP entre 2002 e 2003). Agora, no final da vigência, o Setps
quer cobrar do estado. Encaminhei para a PGE para saber da legalidade
dos aspectos jurídicos e da disponibilidade orçamentária para atendermos
o pedido”, declarou.
O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc-Ba) confirma que os
policiais que atuam na capital já estão sem o benefício. “A depender de
quantos plantões e de como o policial trabalha, o valor pago de
transporte é insuficiente. Tem policial que recebe R$ 22. Trata-se de
uma questão política, estamos tentando resolver para não termos que
convocar uma assembleia”, diz Marcos Maurício, presidente do Sindpoc-Ba.
Policiais Militares continuam tendo acesso gratuito aos ônibus, mas este caso também passará por análise
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