A
Prefeitura de Salvador vai tornar sem efeito a publicação do contrato
no valor de R$ 100 mil destinados à realização do "Arrastão do Psi",
pela banda de pagode Psirico, que aconteceu no Circuito Barra-Ondina no
dia 8 de fevereiro, sexta-feira de Carnaval.
Coincidentemente, a mesma data da publicação do contrato no Diário Oficial favorecendo a LF Eventos e Produções Ltda, empresa produtora do show.
Coincidentemente, a mesma data da publicação do contrato no Diário Oficial favorecendo a LF Eventos e Produções Ltda, empresa produtora do show.
De
acordo com informações publicadas no jornal A Tarde desta quarta-feira
(20), o diretor administrativo e financeiro da Saltur, Paulo Mello,
justificou que o contrato foi publicado "por engano" e que, por isso, a
prefeitura não vai pagar. Ainda segundo a publicação, por conta do prazo
apertado e do volume de trabalho, o fato "passou em branco", e por isso
o ato que torna sem efeito o anterior deve ser publicado até
sexta-feira (22).
O
caso ganhou repercussão após o vereador petista Arnando Lessa levantar
suspeitas acerca do contrato no plenário da Câmara de Vereadores, na
segunda-feira (18). Lessa afirma que a justificativa da Saltur "não
convence" e que essa é uma "história malcheirosa". Segundo o jornal, O
vereador lembra
que o cantor da banda Psirico, Márcio Víctor, é autor do jingle "25 na
cabeça", usado durante a campanha eleitoral do prefeito ACM Neto (DEM),
além disso a festa pela eleição de Neto foi feita pela Psirico.
"Não
tenho nada contra a banda. Mas eles cantaram o jingle de Neto e fizeram
a festa. Só por este fato já seria suspeito contratar a banda. Para mim
esta questão é política. Quais interesses motivaram a contratação da
banda?", questiona.
Em
sua defesa, a banda Psirico comunicou por meio de sua assessoria de
imprensa à publicação, que desconhece o contrato, e que o trio que
desfilou na sexta de Carnaval foi pago pela própria banda. E que o apoio
financeiro para o "arrastão" foi da cervejaria Schinchariol.
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