A lua de mel entre o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Jaques Wagner (PT) começa a enfrentar sua primeira turbulência. O valor da tarifa do metrô é o pivô do desacordo entre as partes. Na última quinta-feira (14), a reunião envolvendo democratas e petistas terminou indefinido e neste domingo (16) o secretário municipal de Transportes, José Carlos Aleluia, emitiu nota criticando a postura do estado.
Segundo Aleluia a Prefeitura apoia a construção do metrô, mas entende que não deve caber ao usuário de ônibus o financiamento da operação metroviária. “Se cedermos à atual proposta do governo do estado de considerando uma tarifa integrada de R$ 2,80, apenas R$ 0,95 serem repassados aos ônibus, ficando o metrô com R$ 1,75, haverá necessidade de aumentar a passagem de ônibus para prejuízo de toda a população”.
Ainda segundo o secretário, mesmo depois de concluídas as Linhas 1 e 2, o metrô, quando em operação, atenderá diretamente apenas 3% da demanda total de usuários das viagens do transporte coletivo da cidade, chegando a 30% com o abastecimento de passageiros que deverá ser feito pelos ônibus. “Enquanto isso, 70% da demanda de usuários continuará sendo transportada apenas por ônibus”, destaca.
Aleluia explica que o impasse nas negociações com o governo do estado vem se dando em razão principalmente da decisão da Prefeitura de não onerar a população e da necessidade de preservação do equilíbrio financeiro do sistema de transporte público da cidade. “Não é viável economicamente nem financeiramente repassar ao metrô mais da metade do valor da tarifa, como está propondo o governo estadual, sem aumento geral da passagem
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