O
prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos (PDT), negou que o valor que
ele recebe mensalmente por seu trabalho à frente do município seja de R$
30.063,00, como foi amplamente divulgado pela mídia.
O gestor informou que o honorário pago pela prefeitura para ele é de R$ 28.059,29, foi definido pela iniciativa da Câmara de Vereadores e não fere a Constituição Federal.
“Diante da aprovação do Projeto de Lei, antes do pleito eleitoral de
2012, que fixou o valor salarial para R$ 30.063,00, a Prefeitura de
Paulo Afonso, respeitando o texto constitucional,
não ultrapassa o valor pago ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)”, informou o gestor para a reportagem do Bocão News.
Ainda segundo informações do pedetista, que foi reeleito na última
disputa eleitoral, mesmo os vereadores tendo apresentado o valor de R$
30.063,00, a prefeitura desconta R$ 2.003,71 para adequação do texto da
constituição.
A decisão de aumentar os próprios salários foi definida pelos
legisladores no final do ano passado. A Câmara de Paulo Afonso aprovou a
lei 1.250, de 14 de novembro de 2012, que também reajustou os salários
do vice-prefeito e dos secretários municipais para R$ 15.031,00 e R$
10.021,00 respectivamente. No mesmo dia os vereadores aprovaram seus
salários para R$ 10.021,00.
Segundo Bastos “o aumento do salário do prefeito incide diretamente no
salário dos agentes políticos - secretários municipais, vice-prefeito e
vereadores. Ou seja, para que haja um aumento do salário do parlamentar é
necessário que exista um aumento do salário do gestor municipal na
mesma proporção, sendo esta regra utilizada em Paulo Afonso nos últimos
20 anos”.
A polêmica envolvendo a remuneração de pedetista surgiu após a
divulgação do valor recebido por ele, superior ao do prefeito da maior
capital e terceiro maior orçamento do país, São Paulo, que recebe R$ 24
mil.
Mesmo informando receber R$ 28.059,29, Bastos se iguala a presidente
Dilma Rousseff, os ministros do Supremo Tribunal Federal, e aos
deputados federais que ganham R$ 28.059,29. O pedetista ainda supera o
governador Jaques Wagner (R$ 18.299), e o prefeito de Salvador, ACM Neto
(R$ 18.038,10).
Mesmo com o pomposo salário, a Portaria Nº 5, do Ministério da
Integração Nacional, traz o reconhecimento da Situação de Emergência de
230 Municípios da Bahia, dentre os quais Paulo Afonso faz parte. O
documento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), na edição do
dia 17 de janeiro de 2013.
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