Feliciano é recebido com protestos em Salvador


O deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP), esteve na noite de quinta-feira (4), em Salvador, a convite do 20ª Congresso do Poder e Impacto do Espírito Santo da igreja Batista do Avivamento Profético, na Rua dos Mastros, 106, Ribeira. Esta foi à primeira vez do deputado na Bahia mesmo depois de ter assumido a presidência da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional.
 
 
Membros  LGBTs do Grupo Gay da Bahia, Adé Diversidade, Associação de Travestis de Salvador, usando cartazes e palavras de ordem chegaram por volta das 19h30 e se posicionaram a frente da igreja chamando o deputado de racista, homofóbico e cantando: “Fora Feliciano, Feliciano fora, fora Feliciano tá na hora de ir embora”, e “1, 2, 3 Feliciano no xadrez”.
 
Mulheres, jovens e até crianças se posicionaram a frente da porta lateral da igreja por onde o deputado entrou para se reunir com os fiéis. Feliciano chegou à igreja e foi recebido no palco pelo pastor e deputado Isidro (PSB-BA) e de outros pastores que ostentando bíblias e cartazes tentavam cansar os ativistas com entonação de cânticos.
 
 “Se eu fosse ele, já teria pedido perdão” disse o pastor e deputado Isidro ao tempo que declarou Feliciano infeliz por suas declarações em relação aos negros. “Meu aluno chegou na escola muito abalado dizendo que Feliciano iria exterminar os negros” declarou uma professora negra que se associou ao evento, mas que pediu para ser nome não ser revelado. “Sou contra a permanência de Feliciano, porque além de ele não me representar não tem histórico para presidir a Comissão”, disse Millena Passos da Associação de Travestis de Salvador. “Ele é um covarde, entrou pelos fundos com medo de enfrentar o povo que exige a sua renuncia da Comissão de Direitos Humanos”, disse Marcelo Cerqueira, presidente do GGB.
 
 
O Congresso teve inicio ás 19h e a chegada do deputado se deu por volta das 8h30, permanecendo sob os protestos por cerca de 2h horas. O deputado usou a porta dos fundos para abandonar o recinto. A saída foi marcada por grande confusão e correria de seguranças, policiais, jornalistas, fotógrafos e ativistas.
 
No local além de haver seguranças contratados pela igreja, um efetivo de Policiais Militares do 17º CIPM com mais de cinco viaturas fixas, uma viatura da Rondesp e policiais usavam armas longas e letais. Os ativistas deixaram o local assim que constataram a saída do deputado.

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