R$ 90 mil. Esse é o valor da reforma dos quatro banheiros do apartamento funcional
que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, vai
ocupar a partir de julho. O imóvel é mais amplo, com 523 metros
quadrados e fica localizado na mesma região do que ele já ocupa, na Asa
Sul, em Brasília. A futura residência do ministro tem cinco quartos,
quatro salas, biblioteca e adega e era ocupada ate o final do ano
passado pelo ministro Ayres Britto, que se aposentou em novembro.
Do total da obra, R$ 78 mil serão pagos à empresa que venceu um pregão
eletrônico na semana passada e outros R$ 12 mil sairão de contratos com
outras empresas já em andamento, na instalação de vidros, espelhos e uma
banheira, que será adquirida, segundo o STF, com recursos próprios de
Barbosa.
O primeiro valor, vale ressaltar, equivale ao custo total da construção
de uma residência de 32 metros quadrados do programa Minha Casa Minha
Vida.
O edital do pregão prevê a aquisição de 23 peças em mármore e granito por R$ 15,5 mil.
Um terço desse valor irá para uma prateleira e uma bancada. Assento e tampo dos quatro vasos sanitários custarão R$ 396 cada.
Discurso de contenção
Na presidência do STF e do CNJ, Barbosa adota um rigoroso discurso de contenção de despesas do Judiciário.
Na semana passada, envolveu-se em polêmica com entidades de juízes, ao
criticar gastos desnecessários com a criação de Tribunais Regionais
Federais.
Segundo o STF, a reforma será feita por conta do "desgaste pelo tempo de
uso". A corte nega que tenha partido de Barbosa a ordem para a reforma,
mas não apontou o responsável pelo lançamento do edital, ocorrido
durante a atual gestão.
De acordo com a assessoria, a exigência de materiais de "primeira
qualidade, sem manchas, defeitos ou imperfeições" foi feita "para evitar
o fornecimento de materiais inadequados ou de qualidade duvidosa".
*As informações são do jornal Folha de S. Paulo
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